1. Pular para o conteúdo
  2. Pular para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Videoarte

Juliana Lugão15 de março de 2007

A Videonale de Bonn chega à 11ª edição. E pela terceira vez procura novas formas de colocar a videoarte nas salas de exposição.

https://p.dw.com/p/A0kB
Cartaz de divulgação da 11ª VideonaleFoto: Sarah Nöllenheidt 2007

Abriu nesta quinta-feira (15/03) para o grande público a 11ª edição da Bienal de videoarte em Bonn. Desde 1984 a Videonale sempre procura o que está na vanguarda da arte que se uitliza dos meios digitais. Da arte que contra-ataca a chegada da televisão e do cinema.

Os vídeos escolhidos ficarão durante um mês (de 15 de março a 15 de abril de 2007) em exposição no Kunstmuseum Bonn, há dois anos sediando a exposição. Há dois anos também, a curadoria do festival se depara com o desafio de se utilizar da arquitetura de museus para expor vídeos. Os desafios são muitos: sair das salas convencionais de exibição de vídeos e ainda não deixar que os sons de cada uma das obras se interpenetrem e atrapalhem o espectador – ou visitante.

Videonale 11 4
Uma das salas da exposição, que procura novos rumos para arquitetura de museusFoto: GANG 2007

Na grande sala de exposições desta edição da Videonale, a sensação que se tem é a de um flaneur, que passa desinteressadamente pelo museu e, vez por outra, pára, e pode apreciar as novas obras de arte. E, realmente, não há interferência sonora entre um vídeo e outro. São 48 obras, todas elas produzidas entre 2004 e 2006. A maioria delas vem da Alemanha, país anfitrião da Bienal.

Na cerimônia de abertura (14 de março), Baudrillard foi relembrado e o destaque ficou para a premiação de 5 mil euros para um dos vídeos participantes. O prêmio, financiado pelo grupo bancário KfW, ficou para o curta Fuck the war, da dupla de artistas alemães Beate Geissler e Oliver Sann.

Segundo o júri, formado por Candice Breitz, Rudolf Frieling e Susanne Titz, Fuck the war é uma versão contemporânea do romance de William Golding O Senhor das Moscas, e traz à tona a falta de sentido da violência que vemos, anestesiados, com os absurdos tão infelizmente cotidianos do Iraque ou de Serra Leoa.