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FHC critica protecionismo europeu em Madri

Johannes Beck/av17 de maio de 2002

Discurso do presidente brasileiro abriu a 2ª Cúpula União Européia-América Latina e Caribe, nesta sexta-feira (17) em Madri.

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Fernando Henrique Cardoso ao lado do primeiro-ministro espanhol, José Maria AznarFoto: AP

Ninguém haveria sonhado em incluir o terrorismo internacional na pauta do primeiro encontro que, há três anos, reuniu no Rio de Janeiro os chefes de Estado e de governo dos continentes europeu e latino-americano. Contudo, os atentados de 11 de setembro, que destruíram o World Trade Center e parte do Pentágono, deixaram também aqui a sua marca.

Segundo o presidente da Comissão Européia, Romano Prodi, o combate ao terrorismo está em primeiro plano nas conversações desta sexta-feira e sábado, na capital espanhola. A partir de agora, o tema tem lugar de destaque na pauta, ao lado dos tópicos clássicos como investimentos, comércio, defesa do meio ambiente e medidas contra o narcotráfico.

O presidente do Brasil, Fernando Henrique Cardoso, compartilha do ponto de vista de Prodi. Contudo, em seu discurso de abertura, em nome dos países latino-americanos e caribenhos, ele não deixou de criticar com veemência a política econômica da UE: "Os países em desenvolvimento encontram barreiras para os seus produtos mais competitivos: subvenções agrícolas, sobretaxas industriais, obstáculos aduaneiros, medidas discriminatórias, etc.", e estas barreiras acabam por cimentar o subdesenvolvimento.

FHC vê a necessidade de medidas concretas para facilitar o acesso das nações em desenvolvimento aos mercados: "Necessitamos superar a retórica do passado", afirmou. Por ocasião da assinatura do acordo de livre comércio entre o Chile e a União Européia, na sexta-feira, o presidente propôs um tratado semelhante com os países-membros do Mercosul: "Este acordo com o Chile deveria ser um exemplo para as relações comerciais com outros países".