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Fifa confirma propinas a Teixeira e Havelange, que renunciou em sigilo

30 de abril de 2013

Os dois ex-dirigentes e o ex-presidente da Conmebol Nicolás Leoz receberam propinas da ISL, afirma relatório da Comissão de Ética. Punições não são possíveis por todos já terem deixado os seus cargos.

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Foto: picture-alliance/dpa

O brasileiro João Havelange renunciou ao cargo de presidente honorário da Fifa, enquanto o presidente da entidade máxima do futebol, Joseph Blatter, foi inocentado das acusações de corrupção do caso ISL, diz relatório da Comissão de Ética da Fifa divulgado nesta terça-feira (30/04).

O documento descreve o comportamento de Havelange como "moralmente e eticamente reprovável" nas suas negociações com a ISL, antiga parceira de marketing da Fifa que faliu em 2001. Havelange, hoje com 96 anos, foi presidente da Fifa entre 1974 e 1998.

O relatório assinado pelo alemão Hans-Joachim Eckert, presidente do Comitê de Ética, inocenta Blatter, que era o secretário-geral na presidência de Havelange, das denúncias. Ainda assim, cita uma declaração de Blatter, que confirmou ter sabido de um pagamento de 1,5 milhão de francos suíços a Havelange. Blatter disse aos investigadores que não sabia que o dinheiro era propina. O comportamento de Blatter foi equivocado, mas não criminoso ou éticamente condenável, diz o relatório.

O documento também afirma que o ex-presidente da CBF Ricardo Teixeira e o ex-presidente da Conmebol Nicolás Leoz, que renunciou ao cargo na semana passada alegando problemas de saúde, receberam propina da ISL.

O relatório torna pública a renúncia de Havelange, ocorrida em 18 de abril passado, e afirma que, devido à renúncia, qualquer ação contra ele seria supérflua. Com o relatório, a Fifa diz que dá por encerrado o caso ISL.

AS/rtr/afp/dpa