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FILME 'ANONYMA'

1 de novembro de 2008

Filme alemão sobre o drama das mulheres no pós-guerra, relações UE-EUA e a crítica de Israel à intenção do Vaticano de beatificar Pio 12 foram alguns dos temas comentados pelos nossos usuários esta semana.

https://p.dw.com/p/FlAw
'Anonyma', o filme alemão de Max FärberböckFoto: Constantin

Estou curioso em assistir ao filme, pois a reportagem no site DW passa a impressão de que após a guerra os militares russos "isoladamente" realizaram sozinhos as atrocidades. Não estou defendendo ninguém aqui, pois penso que os demais, os aliados, não foram tão santos assim. Vamos ver o filme como reproduz esta triste realidade, bem como também o livro, este com certeza terá uma descrição da autora que ficará mais próxima da realidade (ou não, já que por longo tempo foi "censurado") com relação aos atores das atrocidades cometidas com as mulheres após o término da guerra.
Maurocy Kolberg

Minha mãe foi uma vítima dos invasores russos em Berlim no pós-guerra. Não a conheci, pois quando eu tinha 2 anos ela se suicidou. A certeza desse desfecho trágico foi a instabilidade psicológica adquirida pelo sofrimento passado nas mãos dos invasores de Berlim. Apesar de filmarem tardiamente a respeito, alegro-me por tocarem nesse tema tão triste.
Eveline

Acho que é muito tarde para este acerto: 1) Tanto as vítimas como os seus algozes, na sua grande maioria, estão mortos. 2) Os que promovem a guerra e os vitoriosos em geral sempre cuidam para que não precisem responder aos seus abusos. O próprio Hitler, que se julgou um "deus irado" quando ordenou o enforcamento dos que atentaram contra ele, cuidou para não ser julgado por ninguém.
Luis Oliveira de Brito

RELAÇÕES UE-EUA

Colaboração entre União Européia e Estados Unidos da América é uma coisa. Ela deve existir, é necessária. Mas... submissão da UE aos ditames e à vontade de Washington, como tem acontecido até agora, é inaceitável. A história dos últimos anos revela-nos que a Europa, em questões políticas, económicas e internacionais, não tem sido mais do que "menino" bem-comportado perante o querer dos EUA. Defendo que é chegado o momento de acabar com esse relacionamento de servilismo. Guerra no Iraque, guerra no Afeganistão, guerra aqui, guerra ali... os Estados Unidos que as façam e sofram as consequências, mas não metam no barulho os povos europeus, que são amantes da paz e do convívio fraterno com todos os povos [...]
Herculano Carreira (Portugal)

PAPA PIO 12

Penso que a Igreja e o papa Pio 12 fizeram o possível dentro dos limites humanos para auxiliar, não somente os judeus, mas todas as vítimas da Segunda Guerra Mundial, aí incluindo ciganos, eslavos e outras "sub-raças". Infelizmente, alguns judeus assumiram o papel de únicas vítimas. O papa fez muito, como muitos historiadores sérios, por exemplo, o rabino Pinchas E. Lapide ou o rabino-chefe de Roma na época, Israel Zoller, salientaram. Aqui, obviamente, não há espaço para um John Cornwell (um panfletista) ou Rolf Hochhuth (um ficcionista). A Igreja de Pio 12 usou de todos os meios que tinha para esconder e salvar os perseguidos, sem olhar a etnia, raça ou religião, embora houvesse em seu meio elementos simpatizantes do fascismo. Para tanto, até mesmo clausuras femininas foram "violadas" por ordem do Pontífice para esconder os perseguidos. E o que dizer do papel de seus núncios, que chegaram a falsificar milhares de certidões de batismo para não-cristãos perseguidos. [...]
Fernando A. Batista de Almeida

ASEM

Os itens que foram discutidos na reunião da Asem são fundamentais para que se enfrente a crise financeira mundial com perspectivas possíveis de uma rápida solução para ela. Nós que estamos de fora, estamos achando que está havendo uma queda-de-braço entre os banqueiros, especuladores e o governo. Os banqueiros e especuladores não querem perder privilégios do Estado e querem continuar se auto-regulamentando e desorganizando a economia de muitas nações, trazendo miséria e pobreza. Na reunião do G-20 de 15 de novembro a Asem deve impor a aprovação de suas sugestões, para mostrar ao mundo que os governantes dos 20 países mais ricos estão ao lado da sociedade civil e não ao lado do capital de cassino, como está ocorrendo hoje. [...]

João da Rocha

O JOGO ACABOU PARA A ARGENTINA

É interessante estes comentários para quem vive na América Latina: ver uma série de governantes populistas que promovem jogatinas políticas que têm como como pano de fundo a defesa de seu povo, mas que na verdade têm efeito contrário.

Alexandre Abi-Ackel

FEIRA DO LIVRO DE FRANKFURT

Agentes literários costumam dizer que a língua portuguesa é difícil de traduzir e por isso cai o interesse pela venda de direitos autorais de obras publicadas no Brasil. Não é a lingua portuguesa que é difícil, mas o modo de utilizá-la, a linguagem literária extremamente contida e retorcida, associada a temas de pouco interesse para os leitores de outros países. Em síntese, para exportar livros (direitos autorais), o Brasil tem de ver a necessidade de promover a criação de obras de interesse popular universal, sem prejuízo para os escritores que fazem – e bem – uma literatura mais artística, com extremo capricho na linguagem e pouco ou nenhum conteúdo documental (como ocorre nos best-sellers em todo o mundo). Este é um assunto que deve ser discutido sem preconceitos literários. Arte é arte. Negócio é negócio. Há lugar para todos. Nas feiras de livros, fazem-se negócios.
Adinoel Motta Maia