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Depois de 44 anos

7 de julho de 2009

Salas de cinema alemãs já podem exibir uma comédia em preto-e-branco produzida na antiga Alemanha Oriental. Entre os filmes censurados pelo regime comunista, este era o único que permanecia inédito.

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A comédia em preto e branco foi produzida em 1965
Filme em preto-e-branco foi produzida em 1965Foto: picture alliance / dpa

Antes tarde do que nunca. Na última quarta-feira (01/07), vários alemães seguiram o ditado à risca vendo a estreia de um filme produzido em 1965.

Em céu aberto à beira do rio Elba, em Dresden, o público presente pôde assistir aos 79 minutos em preto-e-branco de Hände hoch oder ich schieße (Mãos ao alto ou eu atiro), uma comédia de 1965 dirigida por Hans-Joachim Kasprzik.

O filme é da Defa, única produtora de cinema da antiga Alemanha Oriental. Quando ficou pronto, foi considerado crítica política e censurado pelas autoridades do país.

Hände hoch oder ich schiesse é o último da lista de filmes censurados da Defa. Desde 2006, eles estão sendo comercializados pela empresa Defa-Spektrum.

Depois de 44 anos de espera, qualquer um pode finalmente vê-lo no cinema e tentar descobrir o que o regime via de tão ameaçador na comédia.

Para rir

A comédia conta a história de um policial frustrado por não encontrar criminosos para perseguir
A comédia conta a história de um policial frustrado por não encontrar criminosos para perseguirFoto: DEFA-Stiftung Jörg Erkens

O filme gira em torno do personagem interpretado por Rolf Herricht, considerado um dos melhores comediantes alemães da década de 1960. Em Hände hoch oder ich schieße, ele dá vida a Holms, um policial da pacata cidade de Wolkenheim, cujo índice de criminalidade é o menor do país.

Apesar da extrema vontade de combater o crime, Holms não consegue ter a "sorte" de lidar com criminosos na pequena cidade. Com o passar dos anos, isso e o grande número de policiais, agentes secretos e informantes na Alemanha Oriental levam Holms à frustração em seu cargo público.

É por isso que ele convence alguns bandidos a roubarem um monumento do centro da cidade. Além da oportunidade de fazer algo heróico na sua carreira, o protagonista tem também a chance de reconquistar o amor da bela Lucie, interpretada por Evelyn Cron.

EH/dpa
Revisão: Alexandre Schossler