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Fischer preocupado com situação no Oriente Médio

rw1 de abril de 2002

Ministro do Exterior está em contato com representantes de Israel e da Palestina. Democratas-cristãos e liberais alemães criticam posição de Arafat em relação ao terror. Duas alemãs entre os manifestantes em Ramalah

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Cerca de mil manifestantes protestaram em Berlim contra o cerco a ArafatFoto: AP

O Ministério alemão das Relações Exteriores está participando dos esforços da União Européia para acabar com a onda de terror e violência no Oriente Médio. O objetivo do ministro Joschka Fischer é o retorno das negociações de paz sob a mediação do norte-americano Anthony Zinni.

Numa nota divulgada em Berlim, o ministro apelou ao governo israelense para que garanta a segurança de Arafat e lhe dê possibilidade de negociar.

Por seu lado, o presidente do Conselho Central dos Judeus na Alemanha considera legítimas as ações militares de Israel contra os palestinos. Paul Spiegel afirmou nesta segunda-feira (1º) existir uma campanha organizada de terror contra o Estado de Israel.

"O conflito no Oriente Médio há muito tempo deixou de ser uma espiral de violência e virou uma declaração de guerra de todas as frações palestinas contra Israel", declarou o representante judaico.

Destruição sistemática

– Já o Conselho Central dos Muçulmanos fala em "guerra de aniquilamento que precisa ser barrada pelas Nações Unidas". O presidente do conselho, Nadeem Elyas, acusou Israel de destruição sistemática das condições básicas para a sobrevivência dos palestinos.

Friedbert Pflüger, especialista em relações exteriores da União Democrata-Cristã, defende que os Estados Unidos são a chave para a resolução do conflito. "Por isso, a União Européia deve aliar-se aos esforços de Washington e desistir de mediações unilaterais", destacou o democrata-cristão.

Esta opinião também é partilhada por Dirk Niebel, especialista em Oriente Médio do Partido Liberal Democrático. Para ele, a União Européia deveria congelar toda a ajuda a Arafat, até a Autoridade Palestina conseguir frear os terroristas em seu território.

O Ministério alemão do Exterior confirmou a presença de duas alemãs entre os manifestantes que foram prestar solidariedade a Arafat em seu quartel-general sitiado. .

Uma marcha de protesto em Berlim, no sábado (30) contra a invasão israelense em Ramalah, teve a participação de cerca de mil pessoas.