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Naufrágio do Erika

17 de janeiro de 2008

Companhia petrolífera francesa Total e outros três réus condenados na França por naufrágio em 1999. Pela primeira vez, tribunal considerou aspectos ecológicos de tragédia marítima.

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Foto: AP

Oito anos após o naufrágio do navio-tanque Erika na costa francesa, a empresa petrolífera Total, da França, foi condenada nesta quarta-feira (16/01), por um tribunal francês a pagar 375 mil euros de multa e uma parte dos 200 milhões de euros pelos danos causados pelo derramamento de mais de 20 mil toneladas de óleo pesado.

A empresa não teria levado em consideração o fato de o navio, que tinha casco simples, já estar em atividade há 25 anos e não sofrer manutenções regulares.

O navio estava a caminho da Itália quando se partiu em dois no Golfo de Biscaia, a cerca de 70 quilômetros da França, em dezembro de 1999, devido a uma tempestade. O óleo pesado derramado contaminou 400 quilômetros da costa francesa, afetando as indústrias locais da pesca, do turismo e da produção de sal, além de matar dezenas de milhares de aves marinhas.

Também o armador do Erika, o italiano Giuseppe Savarese, e Antonio Pollara, diretor da empresa italiana de manutenção Panship, foram condenados a pagar uma multa de 75 mil euros. Segundo os juizes, graves erros cometidos por ambos os teriam tornado co-responsáveis pela tragédia.

Rina, a empresa que havia emitido os atestados de navegabilidade do navio, foi condenada à multa máxima de 375 mil euros. Além dos prejuízos econômicos, pela primeira vez o tribunal considerou os danos ecológicos de um acidente deste porte. (rw)