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"Furo" atrapalha investigações de terrorismo

(ns)6 de outubro de 2002

Ao que tudo indica, a revelação da revista "Focus", de que um grupo de muçulmanos estaria planejando atentados na Alemanha, precipitou uma ação de busca da polícia nos lugares freqüentados pelos cinco suspeitos.

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As forças de segurança realizaram uma grande razzia neste fim de semana em vários estados, à procura de provas de que um grupo de muçulmanos fundamentalistas estaria planejando atentados na Alemanha. Dos cinco estrangeiros, oriundos de países islâmicos, detidos no sábado, quatro foram colocados em liberdade. Somente o quinto, um argelino de 41 anos, tido como o chefe do grupo, permanece preso. Isso porque era procurado com mandado de prisão, por estar ilegal na Alemanha. Ele deverá ser repatriado.

Polícia não encontra explosivos

- As buscas realizadas em onze imóveis foram centralizadas em Cottbus, Estado de Brandemburgo, e nas localidades onde viviam os demais suspeitos, que se situam em outros estados. Um deles trabalhava no aeroporto de Stuttgart. Foram apreendidos celulares, documentos, estratos bancários e papéis, mas a polícia não encontrou explosivos ou material comprometedor.

Os possíveis alvos de atentados

- Ao que tudo indica, um furo jornalístico atrapalhou as investigações dos órgãos de segurança. A edição do semanário "Focus" que chegou às bancas no sábado (05), afirma que o grupo terrorista estava planejando atentados contra o aeroporto militar das tropas norte-americanas situado em Spangdahlen, no Estado da Renânia-Palatinado (ocidente) e outros alvos em Berlim e Frankfurt. O líder do grupo, cujo nome só foi divulgado como Tayeb C., teria procurado intensamente especialistas em explosivos nas últimas semanas.

Outros possíveis alvos -Segundo a edição de domingo ('6) do jornal Frankfurter Allgemeine Zeitung , os cinco reuniam-se na sala de orações que a Escola Superior de Cottbus mantém para estudantes muçulmanos. Ao contrário de "Focus", o diário menciona como provável alvo de um atentado o setor militar do aeroporto de Frankfurt, uma emissora de rádio americana nessa cidade, bem como instituições judias em Berlim. O serviço secreto interno da Alemanha estaria vigiando o grupo 24 horas por dia há mais de dois meses. Diante das revelações da revista, a Procuradoria Geral viu-se obrigada a suspender as investigações e ordenar imediatamente as buscas.