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Futebol de rua abre porta para o mundo

av12 de novembro de 2004

A fundação Futebol para a Juventude lança um projeto ambicioso: promover o esporte, fomentar a tolerância e ensinar as crianças alemãs sobre a realidade infantil e esportiva no mundo.

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Escolas da Copa do MundoFoto: DW

O treinador da seleção alemã de futebol, Jürgen Klinsmann, e a ministra de Cooperação Econômica e Desenvolvimento, Heidemarie Wieczorek-Zeul, deram o pontapé inicial do projeto Escolas da Copa do Mundo – Fair play for fair life (Jogo limpo para vida limpa) nesta sexta-feira (12/11), numa escola de ensino fundamental de Berlim.

Na ocasião, 205 escolas de toda a Alemanha se tornaram embaixadoras de cada uma das 205 nações que compõem a Fifa, adotando como parceiro um time de futebol de rua de um desses países. A apresentação esteve a cargo do diretor da DW-WORLD, Guido Baumhauer.

Klinsmann e Wieczorek-Zeul sortearam a primeira dupla, seguidos por outras personalidades do esporte e política alemães. O Brasil tem como parceiro a Elbmarschen-Schule de Drochtersen, na Baixa Saxônia.

Conhecendo a fundo a nação parceira

Em dezembro de 2000, o técnico da seleção nacional alemã, Klinsmann, fundou, ao lado de jogadores e jogadoras de destaque, a fundação Jugendfussball (Futebol para a juventude). Esta tem como fim motivar as crianças alemãs para este esporte, assim como incentivar o futebol de rua em todo o mundo.

Klinsmann é um entusiasta do futebol de rua: "Estávamos todo dia no campinho ou no gramado. Às peladas na rua devo o meu talento e, afinal de contas, minha carreira profissional".

O projeto conta com o apoio da organização humanitária da Igreja Luterana Brot für die Welt (Pão para o mundo), a Associação de Esporte Jovem de Brandemburgo e o Instituto de Pedagogia para a Paz, de Tübingen. Fair play for fair life é coordenado pela streetfootballworld, uma iniciativa da fundação Jugendfussball e que tem a Deutsche Welle como parceiro de mídia.

A idéia é, durante os próximos dois anos, cada uma das 205 escolas – e portanto milhares de alunos da quinta e sexta séries – assumir o papel de uma nação da Fifa. Do Azerbaijão a Zâmbia, os jovens alemães ficarão conhecendo em profundidade o "seu" país, até a Copa do Mundo de 2006: por exemplo, se ele é rico ou pobre, como é a vida das crianças e o papel desempenhado pelo futebol lá.

Futebol para a tolerância

Porém, também fora da sala de aula, o Escolas da Copa do Mundo pretende fomentar o espírito de equipe, a tolerância e a capacidade de resolver conflitos de forma pacífica. Assim, as escolas organizam seus próprios torneios regionais e competem por "seu" país em classificatórias, segundo o modelo de torneios continentais como a Copa América. O ponto alto será um campeonato de futebol de rua, paralelo à Copa do Mundo 2006. As 32 escolas classificadas participarão da grande final em Potsdam, no Leste alemão.

Meninas e meninos jogam segundo o método "futebol para a tolerância". Este foi desenvolvido em 1996, na Colômbia, pelo diretor-gerente da streetfootballworld, Jürgen Griesbeck, com o fim de oferecer aos jovens uma alternativa para as drogas e a violência. Segundo o método, os próprios jogadores estabelecem entre si as regras da partida, sem a mediação de um juiz. E os meninos só fazem pontos se também uma menina chuta em gol.

Jürgen Klinsmann im ersten Training
Jürgen KlinsmannFoto: AP

Um slogan vivo –

Para as crianças presentes na sexta-feira, em Berlim, estava reservada mais uma grande sensação, além do sorteio das nações parceiras. Alunos representando a Croácia e a República Dominicana tiveram possibilidade de chutar a gol ao lado do treinador da seleção alemã de futebol, Jürgen Klinsmann. O placar foi 2x2. Uma forma de encher de vida o slogan oficial da Copa do Mundo: "O mundo se hospeda na casa de amigos".