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G-8 exige diálogo entre Índia e Paquistão

Estelina Farias28 de dezembro de 2001

Os sete países mais industrializados e a Rússia exigiram que a Índia e o Paquistão evitem uma escalada do conflito. O governo alemão cobrou dos dois países todos os esforços possíveis por uma solução pacífica.

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Ministro alemão do Exterior, Joschka Fischer, cobra esforços por uma solução pacíficaFoto: AP

Os ministros do Exterior dos sete países mais industrializados e a Rússia (G-8) exigiram que a Índia e o Paquistão evitem uma escalada da violência. Numa declaração conjunta, de iniciativa de Moscou, o G-8 manifesta preocupação com o conflito e exorta as potências atômicas Nova Déli e Islamabad ao diálogo para evitar uma guerra. O ministro alemão, Joschka Fischer, telefonou para os seus colegas paquistanês, Abdul Sattar, e indiano, Jawant Singh, e cobrou de seus governos todos os esforços para uma solução pacífica.

O Paquistão foi advertido, ao mesmo tempo pelo G-8, a agir com determinação contra os grupos terroristas que atuam a partir de território paquistanês contra a Índia. "Não há justificativa para o terrorismo", diz a declaração em que os chanceleres condenam o atentado ao Parlamento indiano em 13 de dezembro, com saldo de 14 mortos.

Nova Déli acusa Islamabad de apoiar grupos terroristas que lutam contra o domínio da Índia na Caxemira. Na disputa por esta região de fronteira, Índia e Paquistão já se enfrentaram em três guerras desde 1947. A última foi em 1971

Guerra

- Apesar do endurecimento do tom da Índia e do reforço das tropas de fronteira, observadores não acreditam numa guerra iminente, por vários motivos. As últimas exigências de Nova Déli não foram em forma de ultimato e o prazo de até 5 de janeiro para redução de 50% do pessoal da embaixada foi prolongado.

Além do mais, o primeiro-ministro indiano, Atal Behari Vajpayee, e o presidente militar paquistanês, Pervez Musharraf, querem encontrar-se na próxima semana numa conferência regional, no Nepal. Para isso, Musharraf obterá uma licença especial de vôo.

Mísseis

- A Índia posicionou os seus mísseis de curto alcance na fronteira, nesta semana, enquanto o Exército do Paquistão fez a maior mobilização dos últimos 30 anos. Na quinta-feira (27) Nova Déli anunciou a suspensão de todos os vôos entre os dois países a partir de 1º de janeiro, bem como as viagens de ônibus e trem. 50% do pessoal das respectivas embaixadas terão de deixar Islamabad e Nova Déli.

O governo indiano exige do paquistanês a eliminação dos grupos extremistas islâmicos Lashkar-e-Toiba e Jaish-e-Mohammed, porque teriam quartel-general no Paquistão e seriam responsáveis pelo atentado ao Parlamento em Nova Déli, duas semanas atrás. Os dois grupos são classificados como terroristas, qualificados também pelos Estados Unidos.