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Galileo será lançado em 2005

(pc)1 de junho de 2003

Após meses de negociações, a União Européia e a Agência Espacial Européia (ESA) acertaram o lançamento do seu sistema Galileo de navegação por satélite.

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Em 2008 Galileo terá uma rede de 30 satélites ao redor do planetaFoto: AP/ESA, HUART

"Este é um grande dia para a Europa e a comunidade espacial européia", comentou Antonio Rodota, diretor geral da ESA, na segunda-feira (26/05). As implicações econômicas do projeto Galileo são consideráveis. Segundo a UE, ele deverá criar cerca de 150 mil empregos altamente qualificados e produzir 10 bilhões de euros de receitas.

O mais importante, entretanto, é que Galileo assegurará a independência da Europa em vários setores onde o sistema norte-americano de posicionamento global (GPS) dispõe até agora de monopólio: navegação por satélite de navios, aviões, automóveis e caminhões, atividades comerciais no setor bancário, geologia, construção civil, etc.

Cotas de participação

A concretização do projeto Galileo foi prejudicada pela rivalidade dos países europeus e do desacordo entre a Espanha e a Itália sobre suas cotas de participação financeira.

No final, todos cederam um pouco para acomodar a situação, como é de hábito na União Européia. A Espanha obteve 10,14%, a Bélgica 4,79%, e os quatro grandes (Alemanha, França, Itália e Grã-Bretanha) reduziram sua participação de 17,50% para 17,31% cada um.

Lançamento a partir de 2005

O primeiro satélite do sistema Galileo terá de ser lançado até 2005, a fim de que suas freqüências estejam operacionais até junho de 2006. Do contrário elas serão concedidas aos Estados Unidos e à China. Em 2008, Galileo disporá de um total de 30 satélites.O projeto está orçado em 3,4 bilhões de euros. Os custos serão repartidos entre a ESA e a UE.

A partir de 12 satélites, segundo a ESA, será possível oferecer um serviço de navegação global, cobrindo todas as partes do planeta. Quando todos os satélites estiverem em órbita (possivelmente até 31 de dezembro de 2008), os usuários de serviços de navegação terão à disposição uma rede densa de 60 satélites de Galileo e do sistema GPS.

Depois de muita resistência, os Estados Unidos já aceitaram a concorrência do Galileo num mercado que controlam até agora sozinhos. Galileo e GPS poderão operar lado a lado sem problemas, exceto num ponto: os sinais de Galileo vão se sobrepor parcialmente aos do GPS militar americano da nova geração. Europeus e americanos estão buscando um acordo para resolver este problema.