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Gasolina mais cara que nunca

rw5 de maio de 2004

Desvalorização do euro, conflitos no Oriente Médio e o alto consumo na China e nos EUA levaram a gasolina na Alemanha a preço recorde. Desde janeiro, ele aumentou 43%. Especialistas advertem que alta deve continuar.

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Encher o tanque fica cada vez mais caroFoto: AP

Andar de carro está mais caro que nunca na Alemanha. O preço do litro da gasolina de 95 octanas (super) voltou a subir em torno de dois centavos de euro no início da semana, passando a custar em média 1,20 euro, enquanto o preço médio da de 90 octanas era de 1,18 euro e do diesel, 96,3 centavos (abaixo do recorde de 98,8 centavos).

Os aumentos são justificados com "drásticas elevações" na bolsa de combustível em Roterdã, onde a tonelada de gasolina ficou quase 80 dólares mais cara desde 1º de abril. Enquanto o preço do petróleo bruto subiu 17% desde o início do ano, o da gasolina na bolsa de Roterdã aumentou mais de 43%.

Nesta terça-feira (3/5), o barril de 159 litros foi comercializado a 35 dólares, o preço mais alto desde a primeira guerra no Golfo. Sua média no ano passado foi de 28,10 dólares. Fontes da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) advertem que a tendência de ascensão deve prosseguir, em vista dos recentes atentados na Arábia Saudita e a tensa situação no Iraque.

Vários fatores levam ao encarecimento

Os conflitos no Oriente Médio, a desvalorização do euro e o alto consumo na China e nos EUA são responsabilizados pelo encarecimento. Em relação aos Estados Unidos, observadores de mercado vêm constatando nos últimos quatro anos que, nesta época do ano, as refinarias norte-americanas não conseguem suprir a demanda interna, forçando a importação.

O presidente da associação da indústria automobilística alemã, Bernd Gottschalk, culpa o governo pelos altos preços. Ele advertiu que os impostos são responsáveis por mais de 75% do preço final do produto.

Uma pesquisa de opinião feita pelo Instituto Forsa entre mais de mil motoristas alemães revelou que, por causa do preço dos combustíveis, 37% deles se dispõem a andar menos de automóvel.