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General alemão assume comando no Afeganistão pela OTAN

(pc)11 de agosto de 2003

O general alemão Götz Gliemeroth é o novo comandante da Força Internacional de Segurança e Assistência (ISAF), a missão na ONU no Afeganistão, cujo controle militar está agora a cargo da OTAN.

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General Götz GliemerothFoto: Presse

A tarefa não é nada fácil, reconhece o general Götz Gliemeroth que qualificou a situação em Cabul de "insegura". Seu objetivo, diz ele, será "trazer para casa todos os soldados, sãos e salvos".

Quem ficará encarregada de cumprir este desafio é a OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), que assumirá pela primeira vez uma missão de comando fora da Europa e América do Norte.

Gliemeroth comandará uma tropa literalmente multinacional. Ela é formada por soldados de 14 países da OTAN e de outras 17 nações não integrantes da aliança ocidental. Para o general de 59 anos, este posto representa o ápice da carreira militar.

Carreira militar

Nascido em Götting, Gliemeroth ingressou nas Forças Armadas Alemãs aos 20 anos, como pára-quedista. Posteriormente, fez o curso de formação para oficiais superiores e passou a trabalhar no comando da OTAN, assumindo tarefas administrativas e de comando.

Em 1990, foi promovido a general, ocupando, entre outros, o posto de chefe de pessoal do Exército no Ministério da Defesa.

Entre os militares, o general Gliemeroth é considerado uma pessoa aberta, direta e eloqüente. Pratica esportes, gosta de conhecer países longínquos e aprecia música clássica. Na sua bagagem para Cabul ele leva CDs de Mozart e Brahms. O comando da OTAN no Afeganistão será certamente a sua última missão antes de aposentar-se.

Tropas alemãs no Afeganistão

O fato de um general alemão da OTAN assumir o comando da ISAF é vantajoso em vários aspectos. Foi a Alemanha quem comandou a ISAF nos últimos seis meses e os soldados alemães desfrutam de um certo prestígio junto à população.

As Forças Armadas Alemãs possuem atualmente 2200 soldados no Afeganistão. Mas o ministro alemão da Defesa, Peter Struck, anunciou que retirará 800 soldados depois de entregar o comando.

Por outro lado, a missão dos soldados alemães, que se restringia até agora a Cabul, será ampliada ao interior do país. Segundo o ministro da Defesa, não faz sentido garantir a estabilidade da capital e permitir que outras regiões do país continuem ameaçadas por grupos terroristas e talibãs.