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Google proíbe anúncios de criptomoedas

14 de março de 2018

Empresa anuncia banimento da publicidade de moedas virtuais como bitcoin. Objetivo é evitar "esquemas de fraude online" que se beneficiam da falta de regulamentação.

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Modelos das moedas virtuais Ripple, Bitcoin, Etherum e Litecoin
Modelos das moedas virtuais Ripple, Bitcoin, Etherum e LitecoinFoto: Reuters/D. Ruvic

O Google anunciou nesta quarta-feira (14/03) que vai proibir a partir de junho anúncios e conteúdos relacionados a criptomoedas, como bitcoin, para evitar "esquemas de fraude online".

A nova política da empresa visa banir a publicidade de produtos financeiros não regulados ou especulativos, incluindo os relativos às moedas digitas.

Leia também: Regulador de mercado de capitais brasileiro barra bitcoins 

O Google informou que removeu 3,2 bilhões de anúncios que violavam sua política de publicidade em 2017, quase o dobro ano anterior.

"À medida que evoluem as tendências de consumo, à medida que melhoram nossos métodos para proteger a web aberta, também melhoram os esquemas de fraude online", afirmou Scott Spencer, diretor de anúncios sustentáveis da empresa.

O que é uma criptomoeda?

"Melhorar a experiência com a publicidade na web, seja removendo anúncios intrusivos ou que possam causar danos, continuará sendo uma de nossas maiores prioridades." 

A política será implementada em todas as plataformas associadas ao Google, incluindo o Facebook, Audience Network e Instagram. O Facebook já havia anunciado em janeiro a proibição de anúncios que promoviam produtos e serviços financeiros associados às criptomoedas.

O bitcoin e outras moedas virtuais se tornaram bastante populares nos últimos anos, chegando a uma rápida valorização de mercado cujo pico ficou próximo de 20 mil dólares por unidade em 2017.

A falta de regulamentação das criptomoedas atrai esquemas de fraude com as ofertas iniciais de moedas (ICOs, na sigla em inglês), gerando milhões de dólares que podem simplesmente desaparecer em meio às operações.

Lavagem de dinheiro no Brasil

No Brasil, a Receita Federal afirmou nesta terça-feira que suspeitos de integrarem esquema de superfaturamento no fornecimento de pães para presídios estaduais no Rio de Janeiro realizaram quatro operações com bitcoins, totalizando 300 mil reais.

Segundo o superintendente da Receita Federal Luiz Henrique Casemiro, é possível se tratar de uma nova maneira de burlar a fiscalização do órgão, do Banco Central e do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).

"É uma forma de receber dinheiro no exterior utilizando um instrumento que não é regulado na maioria dos países", afirmou.

A fraude foi identificada na nova fase da Operação Lava Jato, intitulada Pão Nosso. Foi a primeira vez que a Lava Jato identificou lavagem de dinheiro com bitcoin. O esquema teria desviado 44 milhões de reais dos 73 milhões de reais em contratos para o fornecimento de pães aos presídios do estado. 

RC/rtr/ots

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