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Cúpula energética

3 de julho de 2007

O governo alemão apresentará em agosto um pacote de medidas para garantir o abastecimento de energia do país e reduzir em 40% até 2020 as emissões de gases do efeito estufa em relação aos níveis registrados em 1990.

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Muitas propostas e pouco consenso na cúpula energética em BerlinFoto: AP

É o que foi acertado nesta terça-feira (03/07), em Berlim, na terceira e última reunião de cúpula entre lideranças do governo e dos setores energético e industrial. Um grupo de trabalho da cúpula elaborou um pacote de 67 medidas destinadas a melhorar a eficiência energética no país.

Apesar de ser criticado pelo setor industrial, o documento deverá servir de base para as discussões internas do governo nas próximas semanas. Estão previstas, entre outras medidas, um programa de fomento de até 3,5 bilhões de euros ao ano para incentivar os alemães a economizar energia.

Se todas as medidas fossem implementadas, a Alemanha reduziria em 226 milhões de toneladas suas emissões anuais de CO2. Isso corresponderia ao aumento da eficiência energética de 3% por ano, exigido pelo governo. Por tabela, os clientes industriais e domésticos das empresas de energia economizariam muito dinheiro: 50 bilhões de euros por ano.

Pelos cálculos do governo, o maior potencial de economia de energia está no setor de transportes (46%), seguido pela calefação de edifícios residenciais (37%) e pelo consumo de eletricidade (17%). Uma das sugestões apresentadas em Berlim é vincular o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) às emissões de CO2 dos carros.

A chanceler federal alemã, Angela Merkel, anunciou que manterá até 2009 a decisão da atual coalizão governamental, que prevê a progressiva renúncia à energia nuclear na Alemanha. Além disso, ela pretende fomentar a exportação de tecnologias alemãs nas áreas de energias renováveis e eficiência energética.

O presidente da Confederação da Indústria Alemã (BDI), Jürgen Thumann, comparou o plano do governo a "viajar sem sinto de segurança numa auto-estrada". Ele é contra os planos do governo de abandonar a energia nuclear. O empresariado também vê a meta do aumento da eficiência energética como "utópica". (gh)