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Governo quer mudar outra vez legislação sobre porte de armas

rw5 de maio de 2002

Ministro do Interior pretende fazer novas modificações na legislação. Revelações da mãe do assassino e novas suspeitas da polícia.

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Milhares de flores foram colocadas diante da escolaFoto: AP

Pouco mais de uma semana após a tragédia em que um jovem de 19 anos assassinou 16 pessoas num ginásio em Erfurt, no leste alemão, cresce o clamor de políticos e sociedade em geral por medidas que evitem novos massacres deste tipo.

O chanceler federal, Gerhard Schröder, reuniu-se na sexta-feira (3) com os chefes de emissoras de televisão públicas e privadas e conseguiu a promessa de que organizarão uma mesa-redonda para evitar conteúdos de violência na programação.

Neste sábado, o ministro do Interior, Otto Schily, anunciou que pensa em aumentar a idade limite em que atiradores podem comprar armas próprias, de 18 para 21 anos. Também o candidato oposicionista à chefia de governo, o conservador Edmund Stoiber, defende esta medida.

Enquanto cinco das vítimas eram sepultadas neste sábado em Erfurt, a família do assassino voltou a se manifestar em público. A mãe disse numa entrevista à revista Spiegel ter consciência da obsessão do filho por jogos de computador. Ela teria tentado contê-lo durante vários anos, certa vez chegando a arrebentar os cabos do computador da parede.

Provas no disco rígido

A mãe de Robert Steinhäuser também reconhece ter sido um erro exigir demais do filho no ginásio. Segundo uma reportagem da revista Focus, a polícia suspeita que o assassino tenha se inspirado no massacre de Littleton, nos Estados Unidos, em 1999, quando morreram 15 pessoas. Várias provas neste sentido foram encontradas no disco rígido de Robert.

Por outro lado, a polícia está investigando o depoimento de um homem da Baviera, que teria se comunicado com o assassino através de um chat pela internet, na madrugada do crime. Durante a troca de mensagens, por cerca de uma hora, o jovem teria revelado que naquele dia (26 de abril) mataria seus professores.

A autópsia de Robert Steinhäuser, divulgada neste sábado, revelou que ele não esteve sob influência de drogas ou álcool durante o massacre no ginásio, quando matou dois colegas, um policial, a secretária da escola e 12 professores e depois se suicidou.

A polícia também começou a suspeitar da veracidade das afirmações do professor de História, Reiner Heise. Ele afirma que, num ato de coragem, teria chamado a atenção do assassino, arrancado sua máscara e o prendido numa sala.