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Em greve

22 de fevereiro de 2010

Lufthansa é obrigada a cancelar cerca de 3.200 voos em quatro dias de paralisação. Rota entre a Alemanha e o Brasil é afetada com oito cancelamentos. Germanwings também para.

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Foto: AP

Linhas congestionadas e aeroportos vazios: esse é o panorama do primeiro dia de greve na Alemanha dos pilotos da Lufthansa. No número gratuito oferecido pela empresa sobre informações atualizadas de voos era impossível falar com qualquer atendente nesta segunda-feira (22/02). A informação era de que todas as linhas estavam ocupadas.

A paralisação, anunciada na última semana, está prevista para durar até esta quinta-feira.

Nesta segunda-feira, a empresa entrou na Justiça com um pedido de cancelamento da greve. Segundo informou um porta-voz do tribunal, uma decisão sobre o caso é esperada ainda para o final do dia.

Em Frankfurt, terceiro maior aeroporto da Europa em número de passageiros, o movimento típico do primeiro dia da semana deu lugar a um ambiente de tranquilidade. Avisados sobre a greve, muitos passageiros mudaram os itinerários para evitar problemas. Ainda assim, alguns viajantes foram surpreendidos com os avisos de cancelamento mostrados nos quadros de informações.

Conexão entre o Brasil e a Alemanha é afetada

Segundo a Lufthansa, os dois voos programados para partir de São Paulo nesta segunda-feira não devem sofrer atrasos. O porta-voz da companhia no Brasil, Jörg Waber, informou que os aviões estão no país e a tripulação está preparada para voar.

No total, oito voos que operam entre a Alemanha e o Brasil foram cancelados – entre eles os dois aviões que sairiam nesta segunda-feira de Frankfurt e Munique para a capital paulista. Segundo Waber, a situação no Aeroporto Internacional de Guarulhos é tranquila nesta segunda-feira.

No entanto, a situação deve se complicar a partir de terça-feira – a empresa cancelou as duas viagens que faria do aeroporto de Guarulhos para a Alemanha. Segundo informou o porta-voz, muitos assentos já foram remarcados.

São os seguintes os voos cancelados:

Nesta segunda-feira: LH 506, de Frankfurt para Guarulhos, e LH 504, de Munique para Guarulhos.

Na terça-feira: LH 507, de Guarulhos para Frankfurt, LH 505, de Guarulhos para Munique, e LH 506, de Frankfurt para Guarulhos.

Na quarta-feira: LH 507, de Guarulhos para Frankfurt, e LH 504, de Munique para Guarulhos.

Na quinta-feira: LH 505, de Guarulhos para Munique.

A Lufthansa faz voos diários de Frankfurt para São Paulo e outros cinco semanais que partem de Munique para o Brasil.

Cancelamentos e prejuízo

A paralisação organizada pelo sindicato dos pilotos obrigou a companhia aérea alemã a cortar dois terços dos voos programados entre 22 e 25 de fevereiro – aproximadamente 3.200 cancelamentos. São afetados voo da Lufthansa e da Germanwings, além da Lufthansa Cargo. As demais subsidiárias devem cumprir a programação normalmente.

A greve de quatro dias deverá custar 65 milhões de euros à Lufthansa. Cerca de 4 mil pilotos decidiram cruzar os braços depois da falta de acordo nas negociações entre a categoria e direção da empresa.

"Nós não estamos blefando", disse Alexander Gerhard-Madjidi, porta-voz do sindicato alemão de pilotos de aviação, Cockpit. Segundo Madjidi, se a empresa não se manifestar até o final da greve, há a possibilidade da paralisação se estender. "Podemos repetir isso semanalmente", advertiu.

Os pilotos pedem um aumento de 6,4% nos salários. Eles também querem que a empresa assegure à categoria que não fará cortes, já que a Lufthansa transfere cada vez mais voos às subsidiárias de baixo custo no exterior.

Opção aos passageiros

Quem comprou passagem para o período entre 22 e 25 de fevereiro poderá remarcar o voo sem qualquer custo adicional, desde que a compra tenha sido anterior ao dia 18 de fevereiro e a nova data da viagem seja no máximo até 31 de maio.

Em caso de voos domésticos (dentro da Alemanha) cancelados, os passageiros podem adquirir uma passagem para fazer o trecho de trem e pedir reembolso do voo cancelado à Lufthansa.

Todas as mudanças no plano de voo podem ser consultadas no site da empresa.

NP/dpa/afp
Revisão: Alexandre Schossler