Greves atingem 400 agências bancárias
19 de junho de 2002Para dar mais ênfase à sua reivindicação de 6,5% de aumento salarial para os 460 mil bancários do país, o sindicato determinou greves que atingiram o Estado da Renânia do Norte-Vestfália nesta quarta-feira (19). Elas paralisaram o trabalho em 400 agências, principalmente em Colônia, Düsseldorf e na região do Ruhr. Em Dortmund, 4 mil bancários participaram de uma manifestação. A Federação Alemã dos Empregadores recomendou aos bancos que pagassem um aumento de 3,1%, mas sem acertar novos contratos coletivos de trabalho.
Em Hessen, o Sindicato Unido da Prestação de Serviços (ver.di), ao qual foi integrado o Sindicato dos Bancários, iniciou uma votação, em que os sindicalizados decidirão sobre a realização de greves. Em Frankfurt foram chamados às urnas os funcionários do Deutsche Bank, Dresdner Bank e Commerzbank, os maiores bancos alemães.
Construção civil expandiu greve
Os operários da construção civil também estão em greve desde segunda-feira (17). Tendo começado com 5.000 funcionários, na terça-feira (18), o número de grevistas saltou para 9 mil, que paralisaram vários canteiros de obras no país. Nesta quarta, mais 1.300 funcionários do setor de logística aderiram, em Berlim, às paralisações, que são escalonadas pelo sindicato, para não causarem danos generalizados.
Sua reivindicação é de 4,5% de aumento salarial. Os empregadores acusam os sindicatos de colaborarem para o colapso do setor, às voltas com uma grave crise há anos. Segundo sua federação, a greve causa prejuízos diários da ordem de cinco milhões de euros. "Estamos com as 20 principais construções da capital sob controle", afirmou o líder das negociações do Sindicato da Construção Civil de Berlim (IG Bau), Rainer Knerler. As ações também se estenderam ao sul do país. Ainda não há sinal de retomada das negociações nas duas categorias.