Haas, diante de duelo de seus sonhos de criança
3 de setembro de 2002Thomas Haas é o único dos 12 tenistas alemães que estrearam no Aberto dos Estados Unidos e sobreviveu à primeira semana do torneio nova-iorquino. Oito de seus conterrâneos não passaram sequer da estréia. No feminino, Martina Müller chegou à terceira rodada, quando foi eliminada por Venus Williams, atual campeã do US Open.
As oitavas-de-final eram a meta mínima do atual melhor tenista da Alemanha. De prêmio, o melhor tenista de todos os tempos do mundo como adversário: Pete Sampras. Vencedor de 13 torneios do Grand Slam (sete vezes campeão em Wimbledon e quatro no Aberto dos EUA), Sampras está hoje com 31 anos e há dois não vence um torneio. Das sete partidas entre o alemão e o americano, Haas ganhou as três últimas, exatamente nos últimos dois anos. Neste US Open, Sampras foi escalado como 17º cabeça-de-chave – tão baixo como nunca em sua carreira.
Nem por isso, o cabeça-de-chave número 3 faz coro com aqueles que consideram o americano cachorro morto. "Talvez ele não seja mais tão rápido, mas ainda tem gana e força. Ele sabe o que quer. E o US Open o estimula. Aqui ele é duplamente perigoso", afirma Haas. Fala-se também nos bastidores das quadras de Flushing Meadows que o recordista de títulos do Grand Slam teria reencontrado motivação após seu casamento com a atriz Bridget Jones.
O alemão, porém, também sente-se especialmente animado para o duelo. "É um daqueles jogos que se assiste quando criança e te faz querer ser um tenista profissional", revelou Haas, sabedor que terá não só Sampras como adversário, mas também toda a torcida nas arquibancadas nova-iorquinas. Por sua vez, o americano igualmente mostra respeito pelo alemão: "Tommy não será fácil. Ele tem fôlego e joga tênis solidamente."
Além de Haas, Sampras e outros, também Gustavo Kuerten briga pela classificação, contra o holandês Sjeng Schalken. Nas quartas-de-final, já estão com vaga garantida o defensor do título, o australiano Lleyton Hewitt, o marroquino Younes El Aynaoui, o americano Andre Agassi e o bielo-russo Max Mirnyi.