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Haider desconvidado após ofensa contra ministro alemão

(sm)5 de junho de 2002

Após exclusão do radical de direita austríaco, ministro alemão do Exterior comparece a fórum político em Berlim e exige melhores estruturas européias de segurança e defesa.

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Extremista de direita austríaco Jörg HaiderFoto: AP

O populista austríaco de extrema-direita Jörg Haider foi desconvidado do fórum de discussão política "Fazit: Europa", realizado na quarta-feira (5), em Berlim, por importantes instituições políticas e órgãos da mídia alemã. Segundo a justificativa dos organizadores, Haider se pronunciara "de forma inaceitável" sobre o ministro alemão do Exterior, Joschka Fischer.

"Simpatizante do terrorismo"

O governador do estado austríaco da Caríntia e ex-presidente do Partido da Liberdade da Áustria (FPÖ), de extrema-direita, havia chamado Fischer de "simpatizante do terrorismo". Após receber a notícia de que sua presença era indesejada no evento que reuniu altos políticos de diversos governos europeus em Berlim, Haider ainda reiterou suas acusações contra o ministro alemão.

Fischer seria "simpatizante da Fração do Exército Vermelho", organização terrorista de extrema-esquerda, responsável por diversos atentados cometidos na Alemanha na década de 70. Além disso, Fischer seria um "notório ofensor dos austríacos, por fomentar as injustas sanções da União Européia contra a Áustria".

Fischer por uma união de segurança européia

Joschka Fischer, que – após as declarações de Haider - havia se recusado a participar do evento, acabou confirmando sua presença. Ele se pronunciou sobre a necessidade de acelerar o processo de expansão da UE para o Leste Europeu, sobretudo diante da onda de extremismo de direita e de anti-semitismo que volta a assolar a Europa.

Para o ministro do Partido Verde, a UE deveria se fortalecer como união de segurança e defesa. Para isso, seria necessário desenvolver não apenas a capacidade de atuação civil e policial, mas também a de realizar operações militares. Por razões não apenas financeiras, a meta não seria – no entanto – desenvolver estruturas militares paralelas às da OTAN, ressalvou o ministro.