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Heinz Imhof, o cozinheiro dos craques

Marion Andrea Strüssmann29 de maio de 2002

O responsável pela alimentação da seleção alemã durante a Copa do Mundo no Japão e na Coréia do Sul tem 49 anos e uma vasta experiência no ramo. Cozinhar é seu melhor negócio e um grande desafio.

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Imhof irá preparar pratos típicos da culinária alemãFoto: AP

O cozinheiro-chefe de um renomado hotel na Alemanha já acumula experiência de anos no preparo de refeições para os craques da seleção. Ele costuma, por exemplo, atender aos apelos de Michael Ballack e preparar um arroz doce caseiro para o meio-campista. Para Heinz Imhof, entretanto, o maior desafio do momento não é alimentar atletas famintos e sim cozinhar em um país exótico.

Sua viagem para o distante continente asiático começou a ser planejada com meses de antecedência. Imhof e seu ajudante Jürgen Deppe embarcaram para o Japão com nada menos do que uma tonelada de alimentos, entre temperos, ervas e óleos. "Esses são ingredientes importantíssimos para o estômago. Os óleos asiáticos são indigestos para nós, europeus", afirmou o cuidadoso gourmet.

Frios "made in Japan"

- Apesar de toda sua preocupação com a alimentação dos jogadores, Imhof não pôde trazer na bagagem tudo que gostaria. Produtos derivados de carne, por exemplo, têm entrada proibida no Japão. Para driblar a possível falta de frios no café da manhã, o cozinheiro alemão contou com a ajuda de um açougueiro local, que fornece algumas variedades que os alemães estão acostumados a comer..

"Ele (o açougueiro) fez o que muitos japoneses costumam fazer. Viajou para a Alemanha, fotografou e provou vários tipos de frios. Depois foi experimentando fabricá-los, até conseguir imitar o gosto e apresentação original", revelou Imhof, que aprovou o resultado final.

O pãozinho de todo dia também é feito no Japão, por um padeiro alemão. Com a preciosa colaboração desses dois fornecedores, Imhof consegue se dedicar ao preparo do cardápio diário e à compra de alimentos frescos. Todo o dia, antes do café da manhã, ele vai pessoalmente ao mercado escolher as frutas e os legumes.

Sushi -

"Os jogadores não podem sofrer uma mudança brusca na alimentação. Eles precisam de uma comidinha caseira e conhecida. Os atletas normalmente têm estômago bem sensível. Isso não significa, entretanto, que eles não possam comer algo regional", garantiu Imhof.

Durante a estadia no Japão, a seleção alemã irá saborear um cardápio alemão com elementos da cozinha asiática. De acordo com Imhof, até o sushi será incluído. "Esse prato faremos com todo o cuidado. Peixe cru é sempre um alimento de risco".

Dois andares –

O cozinheiro alemão, que chegou três dias antes da seleção alemã à cidade de Miyazaki, tem à sua disposição uma cozinha de dois andares no hotel Sheraton.

Apesar de ser um tanto ultrapassado, o espaço é funcional e as dificuldades iniciais já foram solucionadas, frisou Imhof. Ele elogiou ainda a cordialidade e a presteza do povo japonês. "Eu nunca tive problemas com meus colegas. Os japoneses estão dando o maior apoio. Só a comunicação é meio difícil. Mas a gente se entende na base dos gestos."

Se depender do esforço de Imhof em nutrir os jogadores, a taça desta Copa é da Alemanha.