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Homem morto em aeroporto de Paris tinha consumido drogas

20 de março de 2017

Autópsia revela vestígios de maconha, cocaína e bebida alcoólica. Morto após atacar militar no aeroporto de Orly, agressor tinha antecedentes criminais, mas pai nega que filho fosse terrorista.

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Aeroporto Internacional de Orly, ao sul de Paris
Aeroporto de Orly, palco do ataque, fica ao sul de ParisFoto: Reuters/B. Tessier

O homem abatido no aeroporto de Orly, no sul de Paris, no fim de semana tinha consumido drogas e álcool, revelou nesta segunda-feira (20/03) a autópsia, de acordo com fontes judiciais. Ziyed Ben Belgacem foi morto a tiros pelas forças armadas francesas depois de tentar roubar a arma de uma militar do serviço de vigilância terrorista. 

As análises toxicológicas revelaram que Belgacem, de 39 anos, tinha no sangue vestígios de maconha e cocaína, além de 0,93 gramas de álcool por litro de sangue, quase o dobro permitido para a condução de automóveis na França.

Leia mais: Investigação sobre terrorismo é aberta após ataque em aeroporto

Belgacem provocou um grande susto no sábado no aeroporto internacional de Orly, quando atacou uma militar, dizendo que queria "morrer por Alá" e matar outros. Outros dois soldados que faziam patrulhamento no local dispararam contra o agressor, que morreu no local.

O ataque ocorreu cerca de duas horas depois de Belgacem ter disparado contra uma agente num posto de controle da polícia num subúrbio ao norte de Paris e, posteriormente, roubado um carro. Investigações preliminares mostraram que Belgacem tinha antecedentes criminais por roubo e tráfico de entorpecentes e que teria sido radicalizado enquanto estava na prisão.

Não há indícios de cúmplices. Seu pai, primo e irmão foram liberados da custódia no domingo. O pai de Belgacem negou que o filho fosse um terrorista, afirmando que ele bebia álcool e nunca rezava.

"Meu filho não era um terrorista. Nunca rezou e bebia. E é isso que acontece sob a influência de álcool e cannabis [maconha]", disse à rede francesa de rádio Europe 1. Ele afirmou que o filho lhe telefonou minutos depois de ter disparado contra a agente "num estado de extrema agitação".

PV/dpa/afp/lusa