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Ibama multará Samarco em até R$ 100 milhões

12 de novembro de 2015

Empresa responsável por duas barragens que se romperam em Minas Gerais, causando enxurrada de lama, receberá punições pelo lançamento de rejeitos em rios e por prejuízos à biodiversidade.

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Foto: PA / G. Basso

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) vai multar a mineradora Samarco em até 100 milhões de reais por danos ambientais, informou a presidente do órgão, Marilene Ramos, na noite desta quarta-feira (11/11).

A Samarco é responsável pelas barragens Fundão e Santarém, que se romperam há uma semana, causando uma enxurrada de lama que inundou casas no distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, Minas Gerais.

No total, o Ibama aplicará à Samarco duas multas: uma pelo lançamento de rejeitos em rios, em decorrência do rompimento das barragens; e outra em razão dos prejuízos causados à biodiversidade. Cada uma delas pode chegar a 50 milhões de reais.

Segundo Ramos, o Ibama continua analisando a situação ambiental da área atingida pelo desastre. De acordo com o Ibama, o rompimento das barragens lançou 50 milhões de metros cúbicos de rejeitos em áreas vizinhas.

A presidente do Ibama informou que, nos testes realizados até o momento, foram verificadas alterações nos padrões de qualidade da água em rios próximos, inclusive no Rio Doce, que passa pelos estados de Minas Gerais e Espírito Santo. Para Ramos, as alterações de qualidade não significam, porém, a presença de substância tóxica na água.

O governo federal também irá analisar possíveis punições contra a Samarco. "Se multas federais forem aplicáveis, nós as aplicaremos", garantiu a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira. "Haverá punição e, sob as leis brasileiras, o meio ambiente tem que ser reparado", acrescentou.

O Corpo de Bombeiros de Minas Gerais informou que seis mortes foram confirmadas em razão do rompimento das barragens. Dois outros corpos foram encontrados e aguardam identificação.

Nesta quinta-feira, a presidente Dilma Rousseff sobrevoou, junto à ministra do Meio Ambiente, as áreas atingidas pela lama.

MD/ebc/rtr