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Rainha Editha

17 de junho de 2010

Magdeburg foi o centro do poder do futuro imperador Otto 1º. Sua primeira esposa nasceu em 910 no Sul da Inglaterra. Num processo minucioso, cientistas alemães e ingleses identificaram seus restos mortais.

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Sepultura da rainha Editha na Catedral de MagdeburgFoto: picture-alliance/dpa

Após exames minuciosos, cientistas alemães e ingleses concluíram serem da rainha Editha (910-946), esposa do rei Otto, o Grande, os restos mortais encontrados na Catedral de Santa Catarina e São Maurício, em Magdeburg, no Leste alemão. O arqueólogo-chefe do estado de Saxônia-Anhalt, Harald Meller, divulgou o achado nesta quarta-feira (16/06).

Os despojos encontravam-se num sarcófago de chumbo descoberto em 2008, durante escavações na catedral. Segundo Meller, ao ser aberto em laboratório, o receptáculo revelou uma mistura de tecidos e ossos. Uma inscrição identificava a morta como "Editha" e dava 1510 como data de sua última exumação.

Seguiu-se um trabalho extremamente complexo de investigação científica, "relativamente sem precedentes", relata Meller. Dos 208 ossos do corpo humano, haviam restado apenas 42. Os cientistas deduzem que os demais tenham tenham sido empregados como relíquias. O crânio faltava quase completamente.

Permanência na Inglaterra

A determinação do sexo, alimentação e origem geográfica foi realizada na Universidade de Mainz. Constatou-se tratar-se de uma mulher entre 30 e 40 anos (Editha faleceu aos 36 anos), medindo 1,57m, que se alimentava bem, provavelmente com bastante peixe.

O estudo dos dentes, ossos e têxteis confirmaram uma estada em Wessex no sul da Inglaterra, onde a primeira esposa de Otto cresceu. Os resultados foram ratificados por cientistas da Universidade de Bristol, utilizando métodos diferentes dos empregados pelos colegas de Mainz.

Os restos mortais da rainha voltarão a ser sepultados, mas num sarcófago de titânio e prata, na Catedral de Magdeburg. A cidade alemã foi o centro do poder de Otto, coroado imperador do Sacro Império Romano em 962.

AV/dpa/kna
Revisão: Roselaine Wandscheer