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Imigração para a Alemanha em 2011 foi a maior em 16 anos

17 de maio de 2012

Número de pessoas que se estabeleceram no país cresceu 20% ao ano anterior. Grande parte delas vêm da Grécia e da Espanha. Enquanto isso, aumenta o interesse pelo idioma alemão mundo afora.

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Foto: picture-alliance/dpa

A quantidade de imigrantes que procuraram a Alemanha deu um salto em 2011: 958 mil pessoas se mudaram para o país, 20% a mais do que no ano anterior, segundo dados divulgados pelo Departamento Federal de Estatística alemão (Destatis) nesta quarta-feira (16/05). O número é o maior desde 1996.

Ao mesmo tempo, 679 mil deixaram o país no ano passado, perfazendo um saldo migratório positivo de 279 mil pessoas – também o maior desde 1996.

Cresceu significativamente a quantidade de imigrantes provenientes da União Europeia (UE), principalmente dos países mais atingidos pela crise da dívida – 90% a mais de gregos e 52% a mais de espanhóis partiram rumo à Alemanha.

Muitos imigrantes vieram também de países da UE, como Polônia, Hungria, Bulgária e Romênia. A maioria dos que ingressaram no país estabeleceu-se nos estados Renânia do Norte-Vestfália, Baviera, Baden- Württemberg e Hesse.

Saldo positivo

A crise da dívida contribuiu fortemente para o aumento de imigrantes de origem grega e espanhola. "Mas, considerando a crise e o desemprego elevado nesses países, os números são surpreendentemente baixos", diz Herbert Brücker, professor do Instituto Alemão de Pesquisa sobre Mercado de Trabalho e Profissão. O Destatis calcula que 23.800 gregos e 20.700 espanhóis tenham se fixado na Alemanha em 2011.

O acesso livre ao mercado de trabalho alemão desde maio do ano passado também atraiu menos poloneses e húngaros do que o esperado, avaliam especialistas. No entanto, os poloneses formam o maior grupo de imigrantes, e os húngaros estão em quarto lugar.

"Muitos dos dispostos a emigrar já estavam na Alemanha", explica Karl Brenke, do Instituto Alemão de Pesquisa Econômica. Ao mesmo tempo, mais romenos e búlgaros entraram no país como autônomos ou trabalhadores temporários. "Eles frequentemente assumem os postos de trabalho antes ocupados principalmente por poloneses."

Para Brücker, é satisfatório o saldo de 279 mil imigrantes a mais que emigrantes. O nível histórico de longo prazo fica na marca de 200 mil pessoas por ano. "O saldo positivo auxilia o mercado de trabalho no sentido do desenvolvimento demográfico." Segundo o pesquisador, a maioria vem – além da UE – dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e é altamente qualificada.

Idioma alemão

O Instituto Goethe afirma perceber o interesse pela Alemanha tanto no próprio país quanto no exterior. "Em Madri e Barcelona, observamos as maiores taxas de crescimento entre todas as unidades do Goethe espalhadas pelo mundo", diz o porta-voz Christoph Mücher.

Na Grécia e na Hungria, também aumentou significativamente a quantidade de alunos de alemão. "Entretanto, sempre se verificou um número elevado em Atenas e Varsóvia", afirma Mücher. A Polônia é o país onde mais pessoas estudam o idioma – 2,35 milhões.

LPF/dpa/dapd
Revisão: Roselaine Wandscheer