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Imigrantes morrem após resgate na Itália

9 de fevereiro de 2015

Ao menos 29 imigrantes morrem de frio, após o resgate da guarda costeira italiana. Eles estavam à deriva perto da Líbia e passaram 18 horas nos deques dos barcos de patrulha.

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Foto: picture alliance/ROPI

Pelo menos 29 imigrantes morreram de hipotermia nesta segunda-feira (09/02) a bordo de embarcações da guarda costeira italiana, após terem sido resgatados de um bote inflável à deriva no Mediterrâneo, perto da Líbia.

Em dois barcos, a Guarda Costeira da Itália recolheu 105 imigrantes na noite de domingo, que registrou temperaturas abaixo de zero grau. Enquanto eram levados para Lampedusa, eles passaram 18 horas nos deques das embarcações, sofrendo com ventos frios e água gelada.

A prefeita de Lampedusa, Giusi Nicolini, culpou o encerramento da missão de busca e salvamento italiana, conhecida com Mare Nostrum, pelas mortes. Com o fim da missão no ano passado, não há mais navios que patrulham águas próximas à costa líbia capazes de abrigar um grande número de imigrantes abaixo do convés.

"A Mare Nostrum foi uma solução de emergência para uma crise humanitária e encerrá-la foi um enorme e intolerável passo para trás", afirmou Nicolini e acrescentou "os pequenos barcos de patrulha foram completamente engolidos pelas ondas durante a viagem de volta. Se a Mare Nostrum ainda estivesse funcionando, os imigrantes teriam tido abrigo dentro de um grande navio em aproximadamente uma hora".

As 29 vítimas eram todos homens jovens da África subsaariana, informou o diretor do centro médico de Lampedusa, Pietro Bartolo. Ele, no entanto, não sabia as suas nacionalidades.

Após receber um pedido de socorro de um aparelho via satélite, a guarda costeira italiana solicitou ajuda a dois navios mercantes e enviou duas embarcações que resgataram os imigrantes.

A agência da ONU para refugiados afirmou que, entre janeiro e novembro de 2014, cerca de 160 mil pessoas fizeram a travessia ilegal no Mediterrâneo para chegar à Itália e outras 40 mil tentaram chegar à Grécia. Milhares delas morreram durante a jornada.

CN/dpa/rtr/lusa