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IMPRENSA ALEMÃ RESSALTA IMPORTÂNCIA DE AUGUSTO BOAL

9 de maio de 2009

Nossos leitores destacaram esta semana os seguintes temas: Augusto Boal e Stefan Zweig, como se tornar cidadão alemão e o 8 de maio de 1945.

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Augusto BoalFoto: AP

Acho que é com grande pesar que vemos a saída de cena de um grande diretor. Na minha opinião, há paralelos interessantes ao analisarmos a obra desses três teóricos: Brecht, Moreno e Boal. Eles viveram momentos de ditaduras e opressões, também buscavam em seus teatros um outro posicionamento da plateia, diferente daqueles propostos pelo teatro clássico, outras catarses além da aristotélica. Foram pessoas que lutaram toda uma vida e por isso se tornaram imprescindíveis.
Francisco Pereira Nunes

REVIVENDO O PAÍS DO FUTURO DE STEFAN ZWEIG

É interessante verificar que Zweig sempre volta. Eu gostaria de ler Die Welt von Gestern também porque este é o livro, por assim dizer, "complementar" a Brasil, País do Futuro.
Lyndon C. Storch Jr.

O QUE É PRECISO PARA SE TORNAR CIDADÃO ALEMÃO

No que concerne às regras para tornar-se cidadão alemão, penso que são corretas. O rigor imposto serve para que não aumente o número de imigrantes ilegais no país, o que leva irremediavelmente à pobreza, à necessidade de amparo do Estado Alemão (que, por sua vez, é custeado pelos impostos pagos por seu povo) e, possivelmente, ao aumento da delinquência.

O Brasil, hoje um Estado democrático, tem boa aceitação à imigração estrangeira, com destaque para os portugueses, que têm vários direitos adicionais. Entretanto, por sua grande miscigenação étnica, há grandes diferenças educacionais e culturais entre sua população. Como os senhores devem saber, houve uma considerável imigração de alemães para o Brasil a partir de meados do século 19, concentrando-se principalmente no sul do país. Até hoje vivem seus descendentes em grande número de cidades onde mantêm viva sua cultura. Boa parte desses descendentes falam fluentemente o alemão.

Ao fazer turismo no sul do Brasil, em cidades predominante habitadas por descendentes de alemães, encontramos, além da usual receptividade e educação, a esmerada limpeza das ruas e casas, algo nem sempre comum por aqui. Festas com músicas e comidas típicas completam o carinho do povo alemão. A alegria combinada com a seriedade, o jeito de fazer tudo muito bem feito é um exemplo para países como o Brasil, que embora tenha um povo e coisas maravilhosas, ainda tem muito que aprender...

Jean Stefan Alexandrakis

Há uma discriminação enorme com os descendentes de alemães (diga-se filhos e netos) que nasceram em outros países, como é o nosso caso aqui, no Brasil. Se formos pleitear a cidadania, temos que justificar até a cor do fio de cabelo. Não basta ter o passaporte do avô na mão, precisamos correr atrás do registro de nascimento e outros documentos que só existem na Alemanha e que, para reavê-los, só indo lá, tamanha a dificuldade para se conseguir.

Agora, pelo que vejo na matéria de 04.05.2009 Entenda o que é preciso para se tornar cidadão alemão, outros povos (gostaria de deixar claro, sem preconceito e discriminação) têm mais facilidades para obter uma dupla cidadania e na realidade não possuem uma ascendência e não tem nenhuma ligação cultural com a Alemanha. Nossos antepassados não abandonaram o país de origem, como se escuta falar, isso não é real.

O que aconteceu foi pura questão de sobrevivência, tanto para quem veio quanto para quem ficou, pois, se não tivessem saído, alguém iria morrer de fome, necessariamente não seria o indivíduo que migrou. Gostaria de salientar aqui que todos os imigrantes alemães, italianos e também os japoneses foram vítimas de preconceito e discriminados neste país (Brasil). No caso especifico da minha esposa, ao seu avô Josef Greiter (que lutou na 1ª Grande Guerra), ao fim da 2ª Grande Guerra, alguns anos depois, foi enviado uma carta oferecendo uma indenização pelos serviços prestados na época do conflito.

Porém, ele abriu mão dessa ajuda financeira em favor de seus irmãos de pátria, principalmente dos mutilados. Hoje minha esposa tem o passaporte alemão em mãos, mas faltam muitos outros documentos, que estão na Alemanha e são praticamente inacessíveis, a não ser que se gaste uma pequena fortuna para ir até a Alemanha e procurar por tudo isso. Essa é minha crítica, eu não diria crítica, mas uma indignação muito grande, principalmente em se tratando da Alemanha, um país que preza muito pela Justiça com seu povo.
Burcardo Geller

Sem dúvida, falar qualquer idioma é essencial para as pessoas se comunicarem. E a comunicação é nada mais nada menos que integrar, ser participativo, se envolver com. Se você não fala bem um idioma, como você será bem entendido ou entender alguém ou algo a sua volta? A comunicação através da linguagem falada é uma das chaves, sem dúvida, para o indíviduo se integrar em um país. Existem, é claro, outros caminhos, que se somam a esse tema tão complexo que é a integração de um estrangeiro em um país de acolhimento.

Claudia Hosbach

TESTE ALEMÃO PARA A CIDADANIA

Consegui 22/33 sem estudar nada e sem morar lá. Entendo que o tipo de coisa que caiu nesse teste é o mínimo que se deve conhecer da Alemanha, além é claro do idioma alemão. Apoio essa iniciativa e entendo que, para promover a integração de todos, é necessário conhecer o país onde se está. Acho que se deveria promover testes deste tipo aqui no Brasil também para os que querem se naturalizar brasileiros.
Wilson Barbosa

8 DE MAIO DE 1945: DERROTA OU LIBERTAÇÃO DA ALEMANHA?

Eu diria que a derrota e a libertação não são mutuamente excludentes aqui. Se, por um lado, não há dúvida de que a Alemanha se livrou do jugo fascista de Hitler e seus asseclas, por outro o pensamento filosófico alemão sofreu um duro golpe, já que o utilitarismo mecanicista inglês (e, por extensão, o americano) passou a prevalecer como modelo econômico e de pensamento. As crises do capitalismo, por exemplo (como esta que o mundo atravessa atualmente) resultam fundamentalmente da capitulação (e também da "capitalização") filosófica alemã, já que o pensamento se deslocou de meios de produção mais civilizados para uma produção desenfreada e uma cultura fundamentada única e exclusivamente no resultado e no desempenho, permeada por um discurso ecológico que raramente se efetiva. Nem só de resultados se alimentam o espírito e, particularmente, o planeta. Precisamos, com urgência, de um novo modelo que substitua o anglo-saxão.
Klauss Gerhardt

ENERGIA RENOVÁVEL

Já se sabe que não existe outro caminho senão este – o uso de fontes de energia renovável. Passaremos a reinterpretar a economia em termos do economos grego oikos + nomos: "costume ou lei da casa". Ora, o costume, a norma de nossa casa, a Terra – o planeta Água – é a renovação, a reciclagem, o reaproveitamento. E não o esgotamento, a predação, a extinção.
João Gualberto Pinheiro Junior