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Indústria automobilística vai tirar o pé do acelerador

(tb)30 de janeiro de 2002

Depois do crescimento recorde de 8% em 2001, os fabricantes alemães contam com um aumento de apenas 3% do faturamento este ano. A produção deve cair para 5 milhões de unidades.

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Linha de montagem da fábrica da Volkswagen em WolfsburgFoto: AP

A Federação das Indústrias Automobilísticas da Alemanha anunciou nesta quarta-feira (30) que não espera um aumento significativo do faturamento do setor este ano. As projeções dos empresários apontam um crescimento de 3% para o volume de negócios atingindo 209 bilhões de euros.

De acordo com os produtores de automóveis, a conjuntura econômica não vai permitir que o crescimento de 8% alcançado no ano passado se repita em 2002. A sensação de insegurança dos consumidores alemães e os altos índices de desemprego são as principais barreiras do mercado.

O principal responsável pela desaceleração é o próprio mercado interno. A federação conta com uma pequena redução no volume de vendas internas que não devem atingir a marca de 3,34 milhões de automóveis de 2001. As vendas feitas no mês passado foram de apenas 444 mil carros, o pior mês de dezembro dos últimos cinco anos.

Diferentemente da demanda interna, as exportações continuarão impulsionando o setor. A indústria automobilística acredita que vai exportar 3,4 milhões de veículos em 2002, o que representa 200 mil unidades a menos do que no ano passado. Porém a redução é normal, se inserida no contexto do ano recorde de 2001, quando o faturamento de 122 bilhões de dólares superou em 10% o do ano anterior.

Ao contrário de outros setores, a indústria automobilística não deverá cortar nenhum de seus 769 mil postos de trabalho em 2002. No ano passado, 17 mil empregos foram criados pelo setor e devem ser mantidos. A produção total de veículos deverá ficar por volta de cinco milhões este ano, 300 mil carros a menos do que no ano passado.

O único segmento que pode diminuir o seu quadro de funcionários são as linhas de montagem de caminhões, que esperam uma retração de 1% de seus negócios em 2002. Diferente dos carros de passeio, o segmento de transportes tem a maior parte de seus negócios voltado para o mercado interno, cerca de 67%. O motivo é o aumento das ofertas de veículos movidos a diesel no mercado alemão.