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Indonésia confirma execuções de estrangeiros no fim de abril

17 de abril de 2015

Fuzilamentos de nove estrangeiros e um indonésio, todos condenados por tráfico de drogas, deverão acontecer após 24 de abril. Entre eles está o brasileiro Rodrigo Gularte.

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O brasileiro Rodrigo Gularte, em foto de 2004Foto: STR/AFP/Getty Images

Poucas horas após protestar contra a execução de uma segunda cidadã indonésia na Arábia Saudita, o governo da Indonésia confirmou nesta sexta-feira (17/04) a execução por fuzilamento de nove estrangeiros e um indonésio condenados por tráfico de drogas.

O porta-voz da promotoria pública, Tony Spontana, afirmou que, a não ser que algo imprevisível aconteça, as execuções dos dez condenados acontecerão ainda este mês, depois da Conferência Ásia-África. O encontro se encerra em 24 de abril.

Entre os condenados está o brasileiro Rodrigo Gularte, detido em 2004 com seis quilos de cocaína escondidos numa prancha de surf. Autoridades brasileiras tentam impedir a condenação, argumentando que ele sofre de esquizofrenia, mas as tentativas não deram resultado.

Além de Gularte, deverão ser executados cidadãos de Austrália, Nigéria, Filipinas, França e Gana. A embaixadora de França em Jacarta alertou para a possibilidade de consequências nas relações bilaterais caso o cidadão francês venha a ser fuzilado.

Na quinta-feira, o governo indonésio protestou contra a execução de uma cidadã do país na Arábia Saudita, convocando o embaixador saudita para explicações. A mulher havia sido condenada pelo assassinato de uma criança de 4 anos.

Outra mulher indonésia havia sido executada na Arábia Saudita no início da semana, após ter sido condenada pela morte de uma mulher saudita. As duas indonésias trabalhavam como empregadas domésticas, assim como milhares de suas compatriotas na Arábia Saudita.

O governo da Indonésia não protestou contra a execução da pena de morte, mas pela suposta violação de procedimentos diplomáticos, afirmando não ter sido avisado com antecedência sobre as execuções.

Em janeiro, a Indonésia executou seis pessoas acusadas de tráfico de drogas, incluindo o brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira, o que causou uma crise diplomática entre a Indonésia e o Brasil.

RC/dpa/afp/lusa