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Ingestão de loção para banho mata 41 pessoas na Rússia

19 de dezembro de 2016

Produto contém metanol e foi consumido como substituto para bebidas alcoólicas. Vítimas são pessoas pobres que não têm condições financeiras para comprar vodca e similares.

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Irkutsk
A cidade de Irkutsk, na SibériaFoto: Imago/Zuma Press

Ao menos 41 pessoas morreram na cidade de Irkutsk, na região da Sibéria, na Rússia, depois de ingerirem uma loção para banho na expectativa de que ela causasse a mesma sensação que o álcool, afirmaram nesta segunda-feira (19/12) autoridades russas, que abriram uma investigação sobre o caso.

A polícia realiza buscas em todas as lojas da cidade para determinar se o produto, que contém metanol, é vendido de forma ilegal. De acordo com a investigação, a loção de banho era produzida na mesma oficina onde se fabricava vodca pirateada.

Para as autoridades, não está claro se o produto era comercializado como um substituto mais barato para bebidas alcoólicas ou como loção de banho, apesar de o rótulo informar claramente que ele não deve ser ingerido. As vítimas são pessoas pobres, e elas não estavam bebendo o produto juntas, noticiou a imprensa local.

Dois suspeitos foram detidos por distribuírem a loção, afirmou a polícia. Segundo informações de agências de notícias russas, outras cinco teriam sido presas pelo mesmo motivo.

O Ministério da Saúde enviou a Irkutsk, cidade a 4 mil quilômetros de Moscou, um grupo de especialistas em toxicologia para atender as pessoas que ingeriram a sustância e estão internadas em hospitais. O número de mortos deve aumentar, pois há registro de 57 pessoas que ingeriram a loção.

Devido à grave crise econômica que atinge o país desde 2014, muitos russos não têm condições de comprar bebidas alcoólicas, como a vodca, e optam por consumir outras substâncias que contêm álcool, como colônias e loções. A ingestão aumenta o número de intoxicações mortais, especialmente na época do Natal, quando o consumo de álcool cresce no país.

O porta-voz da presidência da República, Dmitry Peslov, afirmou que este tipo de problema é bem conhecido e "demanda total atenção" por parte das autoridades.

TMS/rtr/efe