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Irã e potências adiam negociações sobre acordo nuclear

12 de julho de 2015

Apesar de otimismo, negociadores afirmam que é preciso encontrar soluções para "temas difíceis". Líderes pretendem concluir acordo sobre programa nuclear iraniano nesta segunda-feira.

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Wien Atomgespräche Iran Javad Zarif
Foto: picture-alliance/Landov/A. Mohammadi

Após mais de duas semanas de intensas negociações entre o Irã e seis potências mundiais – Estados Unidos, Alemanha, Reino Unido, França, Rússia e China –, diplomatas afirmaram neste domingo (12/07) que os dois lados estão próximos de concluir um acordo histórico que pode resultar no fim das sanções a Teerã, em troca de reduções no programa nuclear iraniano.

Autoridades iranianas e ocidentais afirmaram que seria improvável a conclusão das negociações neste domingo e, por isso, adiaram a rodada de conversações para segunda-feira.

"Trabalhamos duro, mas atingir um acordo até hoje à noite é logisticamente impossível", afirmou neste domingo o porta-voz da delegação iraniana, Alireza Miryousefi. "Afinal, este é um documento de cem páginas."

O secretário de Estado americano, John Kerry, alertou que alguns temas complicados ainda aguardam solução, mas afirmou estar otimista. "Acho que estamos chegando a algumas decisões reais", comemorou. "Continuo esperançoso."

Apesar do tom otimista de Kerry, algumas declarações feitas no sábado pelo líder supremo do Irã, o aiatolá Khamenei, sugerem que Teerã continuará a não confiar nos Estados Unidos, independentemente do resultado das negociações. Em um discurso na Universidade de Teerã, o líder afirmou que os EUA são "um excelente exemplo de arrogância", e disse aos estudantes que deviam se preparar para "continuar a luta contra os poderes arrogantes".

No domingo, o presidente iraniano, Hassan Rouhani, também ressaltou que ainda faltam temas importantes a serem debatidos nas negociações em Viena. "Pode parecer que chegamos ao topo da montanha, mas ainda há passos a serem tomados", declarou. Sobre o papel dos negociadores iranianos, Rouhani afirmou que "mesmo se fracassarmos [...] cumprimos com o nosso dever."

RC/rtr/ap