Caso Sakineh

O governo do Irã libertou neste sábado (19/02) os jornalistas alemães Jens Koch e Markus Hellwig, presos em outubro quando procuravam entrevistar o filho e o advogado de Sakineh Mohammadi Ashtiani, condenada a apedrejamento por suposto adultério. O ministro alemão das Relações Exteriores, Guido Westerwelle, foi pessoalmente a Teerã para acompanhar os dois repórteres no retorno à Alemanha.

Momentos antes do anúncio da libertação, a agência de notícias iraniana Isna havia informado que os dois repórteres deveriam ser postos em liberdade após pagamento de multas equivalentes a cerca de 35,7 mil euros, podendo deixar o país em seguida, de acordo com uma decisão judicial.

A Justiça teria mostrado, ainda de acordo com a Isna, "condescendência islâmica", libertando ambos os jornalistas em troca de pagamento de fiança.

Primeira viagem de Westerwelle ao Irã

O ministro alemão das Relações Exteriores, Guido Westerwelle, desembarcou na noite deste sábado na capital iraniana, onde teve programados encontros com autoridades do país, entre estas, seu colega de pasta Ali Akbar Salehi. Esta é a primeira visita de Westerwelle ao Irã.

Os dois repórteres do jornal Bild am Sonntag foram presos dia 10 de outubro na cidade de Tabriz, tendo sido em seguida acusados de violar os regulamentos de visto do país. Segundo Teerã, os repórteres desembarcaram no Irã como turistas.

Jornalistas, editores de jornais e políticos alemães insistiram, no decorrer dos últimos meses, por diversas vezes, que Teerã libertasse os dois repórteres.

Pouco antes da libertação, foi anunciado que os parentes dos presos haviam encaminhado um pedido de clemência ao governo iraniano, por ocasião do Noruz, festa tradicional iraniana que celebra o Ano Novo do calendário persa, iniciada no dia 21 de março, data em que vários presos recebem indulto no país.

MD/dpa/afp

Revisao: Soraia Vilela