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Júri condena atirador de Charleston

16 de dezembro de 2016

Dylann Roof é considerado culpado em todas as 33 acusações que enfrentava, incluindo crimes de ódio. Jovem pode receber pena de morte pelo massacre numa igreja nos EUA, que deixou nove mortos.

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ylann Roof durante o julgamento nos EUA
ylann Roof durante o julgamento nos EUAFoto: picture alliance/AP Photo/R. Hill

O atirador de Charleston, Dylann Roof, foi condenado nesta quinta-feira (15/12) por todas as acusações que enfrentava pelo ataque à Igreja Metodista Episcopal Africana Emanuel, que deixou nove mortos, em junho do ano passado. Das condenações, 18 podem levar a pena de morte.

Entre as 33 acusações estão crimes de ódio que resultaram em morte e obstrução de religião. O atirador, de 22 anos, não mostrou nenhuma emoção na leitura do veredicto.

Os promotores acusaram Roof de executar um crime planejado friamente contra as pessoas que participavam de um grupo de estudo na igreja. O atirador confessou o ataque e suas motivações racistas. Durante as investigações, ele disse que, ao abrir fogo contra os fiéis, desejava incitar um conflito racial no país.

Antes do ataque na igreja, uma das mais antigas frequentadas pela comunidade negra nos EUA, Roof chegou a se sentar com os presentes por cerca de uma hora. Apenas três pessoas sobreviveram ao massacre.

O interesse de Roof por uma supremacia branca ficou registrado em sua página no Facebook, onde ele exibiu fotos posando com uma bandeira dos Estados Confederados da América (unidade política formada por estados do sul dos EUA, notoriamente agrários e escravistas, em 1861).

O júri se reunirá no próximo mês para decidir sobre a pena. Pelos crimes, Roof poderá ser condenado à morte ou à prisão perpétua. O ataque em Charleston foi um dos piores a um local de culto nos EUA dos últimos anos. 

O massacre levou à remoção da controversa bandeira confederada, considerada símbolo de racismo e do orgulho sulista nos Estados Unidos, da área do capitólio da Carolina do Sul.

CN/efe/rtr/afp