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Jogos Olímpicos na imprensa alemã: dia 14

Philip Verminnen19 de agosto de 2016

Jornais e revistas da Alemanha destacam a história dos quatro nadadores americanos que se meteram numa confusão num posto de gasolina e inventaram que foram assaltados: "Uma história que cheirava mal por todos os lados."

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Brasilien Gunnar Bentz und Jack Conger verlassen die Polizeistation Rio Flughafen
Os nadadores americanos Gunnar Bentz e Jack Conger, depois de terem sido impedidos de embarcar aos EUA, na terça-feiraFoto: picture-alliance/AP Photo/M. Pimentel

A imprensa da Alemanha destacou nesta sexta-feira (18/08), 14º dia dos Jogos Olímpicos, o caso envolvendo os nadadores americanos, que, embriagados, cometeram atos de vandalismo num posto de gasolina e, posteriormente, disseram terem sido assaltados.

Bild-Zeitung: Assalto foi inventado!

"A mentira tem pernas curtas. Os quatro nadadores dos EUA, incluindo o campeão olímpico Ryan Lochte, inventaram o assalto à mão armada. O Comitê Olímpico dos Estados Unidos (USOC) pediu desculpas na quinta-feira para os anfitriões brasileiros dos Jogos Olímpicos e confirmou que seus atletas mentiram.

Anteriormente, a polícia do Rio de Janeiro tinha comunicado que Lochte e seus colegas Gunnar bentz, Jack Conger e James Feigen depredaram objetos pertencentes ao posto de gasolina. A história do ataque armado foi inventada pelos atletas para encobrir o incidente, que posteriormente foi confirmado por meio de imagens de câmeras de vigilância. 'Foi puro vandalismo', disse o dono do posto de gasolina."

Süddeutsche Zeitung: Polícia acusa nadadores de manchar nome do Rio

"Ryan Lochte e três colegas inventaram um assalto. O Brasil considera a farsa como uma afronta. O Comitê Olímpico dos Estados Unidos, enfim, reagiu.

Era tudo mentira: uma prova de vídeo e declarações de testemunhas trouxeram clareza ao 'Watergate', o estranho caso de quatro nadadores dos EUA no Rio de Janeiro. Ryan Lochte e alguns colegas, que tinham causado um alvoroço com suas histórias sobre um assalto à mão armada no Rio, mentiram – porque exageram na noitada e queriam encobrir manifestações de puberdade tardia.

Na coletiva de imprensa, o investigador Fernando Veloso disse uma frase que deve ter envergonhado a delegação olímpica dos EUA: 'Moradores do Rio tiveram de presenciar como o nome da cidade foi manchado por uma mentira'. O Comitê Olímpico dos EUA (USOC) confirmou o incidente e pediu desculpas à cidade-sede 'e ao povo do Brasil'."

Frankfurter Allgemeine Zeitung: Lochte, o fugitivo

"Dois de seus amigos tiveram problemas com a polícia. O assalto, pelo visto, não existiu. Em vez disso, ocorreu um incidente num posto de gasolina, onde os quatro nadadores bêbados causaram confusão, e que foi gravado por câmeras de segurança. Depois do ataque inventado, o nadador Ryan Lochte fugiu. A Justiça brasileira não vê graça na história contada por Lochte e os outros nadadores.

Lochte estrelou um reality show chamado 'What would Ryan Lochte do' (O que Ryan Lochte faria?). Um desses episódios levou o nome de 'O que Ryan Lochte faria se estivesse completamente bêbado?'. Ryan Lochte faz o que consegue. Ele não só consegue nadar, mas também correr. Fugir."

Die Welt: EUA estão profundamente envergonhados

"Um pouco de vergonha eles acabaram sentindo pelo seu comportamento. Bêbados num posto de gasolina no Rio, criando confusão e fazendo xixi ao longo de uma parede – não era para se tornar público que, por causa disso, um segurança teve que sacar sua arma de serviço.

Assim, o entrementes notório grupo de baladeiros em torno do nadador americano Ryan Lochte inventou em cima da hora um assalto e se apresentou como vítima. Porém, de tanto álcool e excesso de confiança, surgiu uma história que cheirava mal por todos os lados.

Ryan Lochte, o heróico astro dos Jogos Olímpicos, que com uma arma apontada para a cabeça se recusou a entregar seus objetos de valor? Não é uma imagem muito credível no Rio de Janeiro, onde tais recusas geralmente terminam com um tiro fatal na cabeça. E, desta forma, revelou-se não só o que o quarteto fez realmente na noite do domingo, como a história ainda se tornou muito maior."