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Jornal acusa Schröder de acordo eleitoral com sindicalistas

am27 de março de 2002

Através de promessas políticas, o chanceler Gerhard Schröder teria assegurado comportamento moderado dos sindicatos alemães durante a campanha eleitoral deste ano, afirmam denúncias publicadas pela imprensa alemã.

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Chanceler teria pedido trégua aos sindicatos em troca de concessões na política social, segundo jornalFoto: AP

O jornal Hannoversche Allgemeine Zeitung afirma na sua edição desta quarta-feira (27) que o chefe de governo alemão Gerhard Schröder teria prometido à Confederação Sindical Alemã (DGB), bem como aos dois maiores sindicatos do país – IG Metall (metalúrgicos) e Ver.di (serviços) –, uma consideração especial dos seus interesses nas reformas futuras, caso os sindicalistas se abstenham de críticas à política governamental durante todo o período que antecede as eleições parlamentares alemãs, que serão realizadas no dia 22 de setembro.

O governo federal alemão e representantes dos sindicatos desmentiram a existência do suposto acordo de cavalheiros. Contudo, o porta-voz governamental Uwe-Carsten Heye e fontes da DGB confirmaram a realização de um encontro confidencial em Hanôver, no domingo passado (24), do qual participaram o chanceler e o presidente da DGB, Dieter Schulte, bem como os presidentes do IG Metall, Klaus Zwickel, e do Ver.di, Frank Bsirske.

Segundo o Hannoversche Allgemeine Zeitung, a conversa teria girado em torno das atuais negociações salariais dos sindicatos com a classe patronal, bem como da campanha eleitoral do SPD – Partido Social Democrático, do qual Schröder é presidente. O chanceler teria prometido, segundo o jornal, não criticar as pretensões salariais dos sindicatos, além de fazer concessões no setor da política social.

Heye refutou as denúncias do diário hanoveriano e afirmou que o encontro foi rotineiro e usual, visando tratar de questões econômicas e que nenhuma decisão estava prevista, nem foi tomada. O tom amistoso da reunião foi perfeitamente natural, quando se considera as origens comuns do movimento sindicalista e do Partido Social Democrático, acrescentou Heye.

A versão do porta-voz do governo foi reforçada também pela da DGB, Marion Knappe, e seu colega do IG Metall, Claus Eilrich. Este admitiu, porém, que os líderes sindicalistas apresentaram a Schröder as suas reivindicações para a política governamental dos próximos quatro anos.