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Judeus criticam declaração de Steinmeier sobre ataques de Israel

14 de julho de 2006

Ministro das Relações Exteriores, Frank-Walter Steinmeier, afirmou que Israel deve usar os "meios apropriados" na reação ao seqüestro de soldados israelenses.

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Ataques ao Líbano após seqüestro de israelensesFoto: AP
Israel Militäroffensive gegen Libanon
Ataques ao Líbano após seqüestro de israelensesFoto: AP

O governo alemão manifestou nesta sexta-feira (14/07) sua preocupação com o recente acirramento do conflito no Oriente Médio e com os novos ataques de Israel ao Líbano. O ministro das Relações Exteriores, Frank-Walter Steinmeier, afirmou à uma emissora de rádio alemã que não há muitas esperanças de que o conflito retroceda. O pré-requisito para isso seria a libertação dos israelenses seqüestrados.

Para Steinmeier, o Oriente Médio se manteve por muito tempo num caminho que dava esperanças de que a paz seria alcançada. Mas esse caminho teria sido destruído por meio da ação de extremistas e da prisão de um soldado israelense na divisa com Gaza e na morte de soldados israelenses na fronteira com o Líbano.

Com isso, na opinião de Steinmeier, deve-se dar a Israel o direito de se defender. Mas ele fez restrições: "Também devemos exigir que, para essa reação, sejam reservados os meios apropriados".

A declaração foi criticada pelo Conselho Central dos Judeus na Alemanha. O vice-presidente do conselho, Dieter Grauman, afirmou que Steinmeier está usando pesos diferentes para avaliar a questão. "Sentimos falta de uma condenação pública dos ataques a civis israelenses."

O conselho alertou para críticas parciais à ação militar de Israel no Líbano. "A responsabilidade pela atual situação não é de Israel, mas do governo libanês, que há anos não cumpre com o dever de extinguir o Hisbolá", afirmou a presidente do conselho, Charlotte Knobloch.

Em referência a Steinmeier, ela afirmou: "Faria bem a alguns políticos se eles imaginassem como seria se a Alemanha fosse subitamente atacada".

Steinmeier disse ainda que os europeus estão empenhados para que o conflito acabe logo. Ele disse manter conversas com os ministros das Relações Exteriores de Israel, do Egito e da Síria.