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Juncker defende Grécia na zona do euro

7 de julho de 2015

Presidente da Comissão Europeia diz que ainda não entende significado do referendo, no qual gregos rejeitaram austeridade imposta por credores. UE continuará trabalhando nas negociações com Atenas, afirma.

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Foto: Getty Images/AFP/J. Thys

O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, disse nesta terça-feira (07/07), ser contra uma saída da Grécia da zona do euro, apesar de os gregos terem rejeitado os termos do pacote de resgate no referendo do último domingo.

"Há aqueles na União Europeia que defendem a saída da Grécia da zona do euro. Minha experiência de vida me diz que as respostas simplistas são as soluções erradas", disse ao Parlamento Europeu, em Estrasburgo, horas antes de uma cúpula de emergência da zona do euro sobre a crise grega.

No entanto, Juncker disse que a chance de que se chegue a uma solução nesta terça-feira é pequena. Pela manhã, os ministros das Finanças dos 19 membros da união monetária reúnem-se em Bruxelas e, mais tarde, será a vez dos líderes dos países. "Se houvesse uma solução hoje, seria uma simples demais."

Juncker disse respeitar o referendo do último domingo, mas que gostaria de entendê-lo, porque o pacote de resgate sobre o qual os gregos votaram não estava mais em negociação. Dos que compareceram às urnas, 61% votaram contra os termos do pacote.

O presidente da Comissão Europeia afirmou que a UE continuará trabalhando nas negociações com Atenas, mas disse ao primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, que chegou a hora de ir direto ao ponto, de explicitar o significado do referendo.

"Agora é hora de aqueles com bom senso e um pouco de emoção negociarem. A delegação grega abandonou as negociações. Isso foi errado, isso foi um erro grave, não se abandona negociações", afirmou Juncker.

As reuniões desta terça-feira são críticas, pois os bancos gregos estão ficando sem dinheiro apesar de abastecidos há meses com dinheiro fornecido pela Assistência Emergencial de Liquidez (ELA, na sigla em inglês) do Banco Central Europeu. As instituições bancárias do país, fechadas desde a semana passada, devem permanecer assim até esta quarta-feira.

LPF/afp/dpa