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Kiev e Moscou chegam a acordo sobre gás

31 de outubro de 2014

A menos de dois meses do início do inverno, russos aceitam, sob mediação da União Europeia, retomar fornecimento ao vizinho, que foi interrompido em meio ao conflito no leste ucraniano.

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Symbolbild - Gasstreit Ukraine
Foto: picture-alliance/dpa/S. Chirikov

Após meses de negociações, representantes de Kiev, Moscou e União Europeia chegaram nesta quinta-feira (30/10) a um entendimento para garantir que os ucranianos recebam gás dos russos durante o inverno.

O entendimento consiste de dois acordos. O primeiro foi assinado pelo ministro de Energia da Rússia, Aleksandr Novak, da Ucrânia, Yuri Prodan, e pelo comissário de Energia da UE, Günther Oettinger. Ele garante a entrega de gás russo a Kiev até março de 2015.

O segundo foi firmado paralelamente pelos executivos da gigante russa Gazprom e da ucraniana Naftogaz. Ele é uma atualização do contrato de abastecimento de gás que Rússia e Ucrânia selaram em 2009.

"Não há mais motivo para que os cidadãos na Europa passem frio neste inverno", declarou o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso.

Segundo Oettinger, ambas as partes acordaram que a dívida da Ucrânia com a Rússia pelas importações de gás chega a 3,1 bilhões de dólares e que Kiev a pagará em duas parcelas.

Quando a Ucrânia realizar os pagamentos dívida acumulada, a Rússia se compromete a diminuir em de 485 para 385 dólares por cada mil metros cúbicos o preço do gás até o final de março.

Oettinger explicou que a medida será adotada por meio de um decreto do governo russo e que Kiev contará com o apoio da UE e do Fundo Monetário Internacional (FMI) para pagar as futuras contas.

Moscou congelou o fornecimento de gás natural à Ucrânia em junho passado, em meio a uma disputa sobre pagamentos agravada pelo conflito entre Kiev e grupos separatistas pró-Rússia.

RPR/dpa/rtr