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Líder do eurocético AfD pode criar novo partido

11 de maio de 2015

Legenda Alternativa para a Alemanha ganhou força nos últimos anos defendendo políticas contra a zona do euro. Disputas internas entre alas conservadora e liberal devem levar à saída do líder, diz fonte da agremiação.

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Bernd Lucke, líder do AfDFoto: picture-alliance/dpa/J. Stratenschulte

O partido eurocético Alternativa para a Alemanha (AfD), fundado há pouco mais de dois anos, vem sofrendo com disputas internas de poder e divergências quanto ao seu direcionamento político.

Konrad Adam, membro do diretório nacional da agremiação, afirmou nesta segunda-feira (11/05) ter indícios de que o líder do partido, Bernd Lucke, prepara sua saída para formar a própria legenda. Adam chegou a afirmar ao jornal alemão Die Welt que uma divisão da AfD é apenas uma questão de tempo.

Lucke não quis comentar os rumores de sua saída, disse o porta-voz do partido, Christian Lüth. Segundo relatos, o líder da AfD estaria planejando, junto a pessoas de confiança, a formação da nova legenda, que seria anunciada ainda neste mês.

Após o êxito da AfD nas eleições regionais de Bremen neste domingo, Lucke responsabilizou indiretamente seus adversários pela divisão do partido, afirmando que essas disputas internas são "extenuantes".

Divisão entre liberais e conservadores

Nas últimas semanas, houve algumas hostilidades entre a ala conservadora do partido e o grupo de tendência liberal, do qual Lucke faz parte. Críticos do líder o acusam de focar sua atenção na classe média, apesar do AfD ter grande potencial entre os eleitores das classes mais baixas.

Em abril deste ano, o presidente nacional do partido, Hans-Olaf Henkel, renunciou ao cargo, afirmando que os "ideólogos de direita" tentavam tomar a legenda.

Alguns observadores afirmam que a AfD poderá perder força sem a liderança de Lucke, um dos fundadores do partido e uma de suas principais figuras.

A AfD foi criada em 2013 por opositores da política de resgate do euro promovida pelo governo federal alemão. Mais tarde, o partido se posicionou de forma crítica em relação à política de refugiados e às leis referentes aos asilados, que se tornaram temas centrais da legenda.

RC/dpa/rtr/afp