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Terrorismo

8 de fevereiro de 2011

Rebelde tchetcheno Doku Umarov afirma que o ataque foi uma retaliação "aos crimes russos no Cáucaso". Em 2010, ele havia assumido a autoria de atentados contra o metrô de Moscou.

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Doku Umarov autoproclama-se "Emir do Cáucaso"Foto: AP

O líder rebelde tchetcheno Doku Umarov reivindicou num vídeo a responsabilidade pelo atentado a bomba ocorrido no mês passado no aeroporto moscovita de Domodedovo. No atentado foram mortas 37 pessoas e mais de 100 ficaram feridas.

"Esta operação foi realizada sob minhas ordens", afirma o terrorista de 46 anos, que no vídeo veste uma jaqueta camuflada do exército e um gorro preto. Ele é conhecido como o "Bin Laden da Rússia".

No vídeo de mais de 16 minutos, postado na noite desta segunda-feira (07/02) num site tchetcheno, Umarov afirma que agiu em nome de Allah e que o objetivo do ataque é a instalação de um estado islâmico no norte do Cáucaso. Segundo ele, a explosão foi planejada para o salão de desembarque internacional do aeroporto porque o objetivo era matar estrangeiros.

O ato brutal é descrito como uma retaliação ao que chama de "crimes russos no Cáucaso". De acordo com ele, os muçulmanos na região se encontrariam "numa guerra contra o exército de ocupação russo".

No vídeo anterior, postado no domingo passado no mesmo site, o terrorista afirma que outro membro extremista, "um irmão", havia sido enviado a uma "operação especial". Oficiais de segurança russos dizem que o atentado foi cometido por um jovem de 20 anos, Magomed Yevloyev, proveniente da região da Inguchétia, fronteira com a Tchetchênia, e que ele nitidamente estava sob o efeito de drogas.

Em outro vídeo, postado na sexta-feira passada, Umarov procura unir os diversos grupos situados no Cáucaso e faz uma ameaça a Moscou: "É o desejo de Deus que nós façamos este ano para vocês um ano de sangue e lágrimas".

Logo após o atentado, Umarov já era tido como suspeito pelos agentes secretos russos. Em 2010, tornou-se conhecido por outro vídeo, em que assumia o massacre ocorrido no metrô de Moscou e que provocara a morte de 40 pessoas.

Umarov, o "Emir do Cáucaso", como se autoproclama, diz que os ataques continuarão enquanto "os crimes cometidos pelas gangues comandadas por Putin continuarem".

O primeiro-ministro Vladimir Putin ameaçou perseguir e mandar matar o terrorista. O Kremlin diz que não negociará com terroristas e que não abandonará a região do Cáucaso.

PP/afp/dpa
Revisão: Alexandre Schossler

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