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Bilhete no museu

20 de junho de 2007

Goleiro diz que as anotações sobre os jogadores argentinos não foram muito úteis para as defesas que garantiram a vitória alemã nas quartas-de-final. Papel está exposto na Casa da História, em Bonn.

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Bilhete está exposto diante de painel com a foto de Jens Lehmann defendendo um pênaltiFoto: AP

O bilhete que teria ajudado o goleiro Jens Lehmann a defender dois pênaltis nas quartas-de-final da Copa 2006 faz definitivamente parte da história da Alemanha. Lehmann entregou nesta terça-feira (19/06) ao museu Casa da História, em Bonn, o pedaço de papel no qual o treinador de goleiros da seleção anotou os hábitos de cobrança dos jogadores argentinos, adversários dos alemães no jogo.

Para o titular do gol alemão, o bilhete é um "objeto simbólico" da Copa 2006 e representa "o ambiente emocional que predominava na Alemanha" durante o evento. Já para o diretor do museu, Hans Walter Hütter, os rabiscos feitos na folha de um bloco de anotações do Hotel Grunewald são agora "parte da memória coletiva da história do esporte alemão".

O bilhete foi leiloado em dezembro de 2006 e adquirido pela empresa de energia EnBW por 1 milhão de euros. A soma foi destinada ao programa de assistência à infância "Ein Herz für Kinder". A EnBW doou o bilhete à Casa da História.

Menos útil do que se imagina

Deutschland Fußball Jens Lehmann Spickzettel WM 2006
O bilhete com as anotações a lápis sobre os argentinosFoto: AP

Lehmann se declarou surpreso com a importância que é dada ao bilhete. Ele avaliou que, se os jogadores alemães não tivessem convertido suas cobranças, o papel já teria sido esquecido. Disse ainda que as anotações não ajudaram tanto quanto se imagina, até porque elas foram escritas a lápis e eram difíceis de serem lidas. "Além disso, dois argentinos chutaram no outro canto e não no lado que eu escolhi", concluiu.

O bilhete foi escrito pelo treinador de goleiros Andreas Köpke um dia antes do jogo, no hotel em que a seleção alemã estava concentrada. Köpke anotou os nomes de alguns jogadores da equipe argentina e como eles costumavam cobrar pênaltis.

Lehmann recebeu o bilhete apenas após a prorrogação, já com os nomes de Riquelme, Crespo e Messi riscados, pois eles haviam sido substituídos durante a partida e não estavam relacionados entre os cobradores. O goleiro colocou o pedaço de papel dentro da sua meia e o consultou antes das cobranças.

O número um alemão defendeu dois pênaltis na partida: os de Ayala (com a anotação "espera muito, caminha devagar, direita") e o de Cambiasso, para quem não havia nenhuma observação no bilhete. (as)