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Lewis Hamilton, um pop star ao volante

Sarah Wiertz (ff)26 de outubro de 2015

Tricampeão mundial é responsável por trazer brilho e glamour ao universo relativamente discreto da Fórmula 1. Ninguém consegue parar o britânico, mesmo que ele seja hoje mais pop star do que piloto de corrida.

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Foto: Istitene/Getty Images

Pesadas correntes de ouro no pescoço, brilhantes nas orelhas e uma porção de relógios no pulso. Sobre a cabeça, um boné meio virado. O decote da camiseta brilhante revela algumas de suas muitas tatuagens. Lewis Hamilton adora o visual extravagante. De preferência acompanhado de estrelas da música, do esporte ou de crianças em eventos beneficentes.

Não precisa ser nenhum entendedor de automobilismo para saber quem foi o piloto britânico que ganhou destaque na Fórmula 1. Quando estreou nas pistas, em 2007, Hamilton chamou a atenção pela cor da sua pele. Ele foi o primeiro e até hoje é o único negro na elite do automobilismo. Seus avós paternos eram naturais da ilha caribenha de Granada.

Com o tempo, ele se sobressaiu por seu estilo de pilotar ambicioso e, algumas vezes, até egoísta, o que o levou a seu primeiro título mundial, em 2008. Depois disso, Hamilton continuou ocupando as manchetes de jornais, embora menos por causa do esporte.

A imprensa está mais interessada no visual extravagante e no relacionamento com a cantora Nicole Scherzinger, da banda The Pussycat Dolls. E ele dança conforme a música. Permite que qualquer um participe de sua vida através de suas páginas nas redes sociais.

Assim, todo mundo sabe que o tricampeão mundial adora animais e tem orgulho de seus dois buldogues: Roscoe und Coco. E que gostaria de trabalhar como músico profissional depois que se aposentar da carreira esportiva.

Pode parecer que Hamilton é hoje mais pop star do que piloto de corrida – mesmo que leve a profissão muito a sério. O diretor de tecnologia da Mercedes, Geoff Willis, disse que o piloto de 30 anos não deixa seu estilo de vida interferir de jeito nenhum em seu desempenho nas pistas. Pelo contrário: "pelo Twitter e Facebook ele faz todo mundo acreditar que é um bom vivant. Só que ele treina com a mesma intensidade que os outros pilotos. Lewis trabalha duro para ser bom como é. E isso é algo que ninguém percebe".

Se não fosse assim, seria difícil explicar o segundo título em 2014 e o tricampeonato em 2015 – que ele considera seu título mais importante, por ter alcançado o ídolo Ayrton Senna. Para a Fórmula 1 – especialmente para o chefe Bernie Ecclestone –Hamilton é uma dádiva. No esporte, se diz que, depois de alguns anos, o circuito de corridas ficou chato. As regras precisam ser mudadas urgentemente. Mas a perda de glamour é disfarçada graças a Hamilton, que garante brilho e atenção à modalidade.