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LIBERDADE DE IMPRENSA OU DESRESPEITO?

25 de fevereiro de 2006

O "conflito das charges" continua sendo tema de grande interesse para nossos usuários, que nos enviaram, também esta semana, opiniões muito interessantes. Confira aqui!

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Foto: AP

O jornal Jyllands Posten realizou uma de suas brincadeiras com um ícone religioso. Charges que ridicularizam não só um ícone, mas sim milhares de pessoas que seguem e têm o direito de seguir a religião desejada e defender as suas crenças. Apesar de o jornal dizer que as charges eram um convite para um debate sobre liberdade de expressão, isso não lhe dá o direito de julgar nem muito menos de cometer uma “injúria” com uma civilização com costumes e hábitos diferentes da sua.

Não apóio a reação violenta dos muçulmanos, mas também não apóio que tais brincadeiras sobre o desconhecido sejam aceitas e ainda repassadas como um motivo de chacota. É preciso respeito com aqueles que não conhecemos, assim como é preciso ter respeito por crenças, hábitos e costumes. E assim também é preciso ser menos radical, aceitando e dialogando, em vez de sair gritando e matando pessoas, incendiando embaixadas e ruas com protestos, até mesmo depois de um pedido de desculpas.

Digo que é preciso saber o que vamos julgar e as conseqüências desse julgamento. Assim como digo que é preciso ter mais calma e saber tomar as decisões certas, para assim não causar conflitos como os que vemos diariamente em nossas televisões. "Liberdade de expressão não significa direito à injúria.”
Iari N.

A liberdade de expressão tem que ser mantida, não podemos permitir que islâmicos interfiram em leis de países que eles não dominam, eles podem dominar os países do Oriente Médio. Se a imprensa aceitar isso, daqui a alguns anos nós todos vamos (o mundo todo) ser obrigados a ser islâmicos, ler o Alcorão e ficar de joelhos voltados para Meca.
L. Mesquita

A liberdade não é e nem pode ser absoluta. Ela também tem seus limites, inclusive a liberdade de imprensa. O primeiro limite da liberdade deve ser o da verdade. É inadmíssivel, antiético, usar e abusar do pretenso direito de liberdade para divulgar certos fatos, sabidamente falsos ou duvidosos, só porque eles vendem. Isso se aplica aos mass-media em geral. Infelizmente, essa regra é muito pouco seguida. O que conta é o interesse financeiro.

O mesmo conceito se deve aplicar também aos sentimentos das pessoas, à sua intimidade, aos seus valores, sejam eles culturais ou religiosos. Quando a imprensa evoca a pretensa "liberdade de expressão" para o vilipêndio, seja de pessoas, seja de instituições, ela está sendo tão intolerante quanto aqueles que, se sentindo ofendidos por ela, reagem violentamente. No mundo ocidental, isso já se tornou banal. Os ofendidos que recorrem à justiça correm o risco de serem tachados de reacionários, inimigos da liberdade, antipáticos. O que se vê no "livre Ocidente" é um silencioso linchamento de pessoas e de instituições.

No Oriente, principalmente, nos países islâmicos, a mentalidade é outra. Aí, a intolerância, a xenofobia de parte dessa imprensa libertária gera outra intolerância, a do ódio. Quem paga a conta, em geral, são os inermes.
F. Batista de Almeida

Essa história sobre as caricaturas sobre o profeta já está indo longe demais. No Ocidente civilizado, e majoritariamente cristão, quando se publicam sátiras sobre motivos cristãos, não se reage dessa forma destemperada. O mundo islâmico, por qualquer crítica vinda do Ocidente, fica histérico, vem aí uma nova cruzada. Vivo no Brasil e aqui, graças a Deus, não temos disso. Rogo a Deus para que continuemos assim, tolerantes, às vezes tolerantes até em demasia.
A. Carlos

RÚSSIA NO CENÁRIO INTERNACIONAL

As demais potências mundiais não podem negar um papel de destaque para a Rússia no cenário internacional. O atual "momento ativo" da política externa russa é reflexo da atual estabilidade política e econômica, condições estas que se pensava que a Rússia ainda estaria muito longe de conseguir, face à gravidade das crises políticas, econômicas e sociais advindas com o fim da URSS e do regime socialista, assim como as crises financeiras da década de 90.

Penso que a participação de mais um ator ativo nas relações internacionais seria algo muito positivo para o mundo, que vive hoje apenas à sombra dos ditames da única superpotência existente. Nesse mesmo episódio de conversações com os radicais palestinos, talvez obtenha-se algo de proveitoso com a intervenção russa, pois ao mesmo tempo que Israel desaprovou o contato, o Hamas tem na Rússia talvez o único negociador no qual confie entre os quatro de Madri. A Rússia ainda insistirá para que o Hamas reconheça Israel e abandone suas posições extremistas.

Enfim, o fato de haver supostas violações à democracia na Rússia ou a outros valores que o Ocidente preze não pode diminuir ou privar esse país de desempenhar um papel relevante no mundo.
Miguel Rollo

ROLHAS DE CORTIÇA
Por que será que não se diz que o plástico estraga 10% do vinho por ele vedado? Ao contrário do que os estudos "isentos" pretendem salientar, apenas 0,5% do vinho vedado por rolha natural ficará estragado, e não os incríveis 12% tantas vezes apontados (dados de estudos britânicos – dos maiores mercados vitivinícolas mundiais).

É muito fácil atribuir culpa à rolha de cortiça; mas repare nos problemas adjacentes e não salientados: deficiente lavagem e acondicionamento das garrafas a utilizar; as próprias rolhas naturais deveriam estar acondicionadas em locais próprios (umidade, cheiro, etc); não esquecer a pior das situações, que é tão somente o que muito vinhateiros colocam dentro das garrafas, que, por vezes, tem muito pouco de sumo de uva em comparação com os compostos químicos que lhe adicionam e, esses sim, atacam o vedante de cortiça.

Sejamos moderados e tentemos pensar de uma forma isenta. Nem tanto ao mar nem tanto à terra. A rolha de cortiça está para durar e é fiável.
Vitor Hugo

COPA 2006
Agora que a hora se aproxima, Felipão se diz despreocupado, mas ele conhece a verdade: o timinho português de Cristiano, Ronaldo e Figo não vai ser campeão porque a Seleção vai sê-lo, a não ser que a CBF já tenha vendido o caneco para os alemães. Mas, caso contrário, a seleção canarinho já ganhou. E quem quiser que me conteste!
A.Carlos

CALENDÁRIO HISTÓRICO
Muito positiva a idéia do calendário histórico, pois mostra, de uma maneira ou de outra, a forma como os alemães enfrentam a sua história. A verdade é um bem que deve ser sempre preservado e, ao contrário do que muitos pensam, ela é insofismável e sempre aparece. Continuem com a iniciativa, aprendi muito com esse calendário.
A. Carlos