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Liderança verde cede e aprova iniciativa do SPD de subvencionar baixos salários

(rw)15 de janeiro de 2002

Iniciativa dos social-democratas também recebeu apoio dos sindicatos, mas presidente da confederação sindical DGB a considera insuficiente.

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Kerstin Müller não conseguiu impor seu plano a SchröderFoto: AP

O chefe do governo alemão Gerhard Schröder apresentou nesta segunda-feira (14), em Berlim, um projeto que visa ampliação para todo o país de um programa criado na cidade de Mainz, para abrandar a crise no mercado de trabalho alemão, que tem quatro milhões de desempregados.

A iniciativa aprovada neste domingo pelo diretório nacional do Partido Social Democrático (SPD) foi aceita pela liderança do Partido Verde, parceiro de coalizão, na noite desta segunda-feira. O Partido Verde não conseguiu impor seu plano de sete pontos, considerado muito caro pelos social-democratas. O líder da bancada do SPD no Parlamento, Peter Struck, disse que a sugestão dos verdes custaria um bilhão de euros, o que seria impagável.

Em alguns pontos, entretanto, os social-democratas cederam ao parceiro de coalizão: por exemplo, pais ou mães que criam os filhos sem auxílio do parceiro terão maior apoio fiscal. Participaram da reunião na chancelaria federal os ministros das Finanças, Hans Eichel; do Trabalho, Walter Riester, o secretário-geral Franz Müntefering, além de Gerhard Schröder.

Pelo Partido Verde participaram os líderes da bancada Rezzo Schlauch e Kerstin Müller, além do presidente Fritz Kuhn e do ministro do Exterior, Joschka Fischer.


O programa da social-democracia visa a criação de empregos na faixa de baixos salários, que seriam complementados com subsídios fornecidos pelo governo federal. Além do salário pago pelo patrão, o trabalhador receberia contribuições sociais e um adicional do salário família. O fomento está previsto para solteiros com salários entre 325 e 897 euros.

Para casados, o teto será de 1707 euros. Este tipo de salário subvencionado já foi testado na cidade de Mainz e pode beneficiar até 30 mil desempregados e contemplados com auxílio social que aceitarem trabalho de baixa remuneração por um período de até três anos. Schröder advertiu, no entanto, que o governo vai impedir que empregos remunerados normalmente sejam beneficiados com a iniciativa.

Aprovação dos sindicatos

O presidente da Confederação dos Sindicatos Alemães (DGB), Dieter Schulte, aprova a iniciativa, mas a interpreta apenas como mais uma medida de caráter paliativo para aliviar a curto prazo os problemas no mercado alemão de trabalho.

Também o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Química, de Minas e Energia, Hubertus Schmoldt, aprova, com restrições, o modelo apresentado pelo chefe de governo alemão. Segundo ele, "serão criados novos empregos, mas os problemas estruturais do mercado de trabalho não serão solucionados".