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Lucro da Bayer cai 46% no primeiro trimestre

(gh)26 de abril de 2002

Faturamento da multinacional caiu 6% no primeiro trimestre. Empresa quer economizar € 500 milhões com reformas estruturais.

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Troca de comando: Manfred Schneider, (d), e seu sucessor Werner WenningFoto: AP

O fraco desempenho da economia mundial está provocando dores de cabeça no grupo químico-farmacêutico alemão Bayer. Nos três primeiros meses deste ano, a empresa obteve um faturamento de € 7 bilhões, 6% menor do que o do mesmo período em 2001. O lucro operacional caiu 46% para € 493 milhões.

"A evolução dos negócios neste ano coloca-nos diante de um grande desafio", disse o diretor-executivo da Bayer, Manfred Schneider, nesta sexta-feira (26), na abertura da assembléia geral dos acionistas, em Colônia. Ele garantiu que a empresa fará tudo para reverter a tendência negativa. Só com medidas estruturais deverão ser economizados € 500 milhões este ano.

Queda de lucros - No primeiro trimestre de 2002, os lucros caíram nas quatro divisões da Bayer: medicamentos, inseticidas, polímeros e produtos químicos. No setor de medicamentos, o faturamento diminuiu 6% para € 2,4 bilhões. O saldo operacional (sem efeitos extraordinários) foi de € 244 milhões, 36% inferior ao do mesmo período no ano passado.

A divisão de polímeros registrou uma queda de 7% e faturou € 2,6 bilhões. O lucro operacional caiu 60%, reduzindo-se a € 92 milhões. Na área química, o faturamento caiu 17% para € 847 milhões e o lucro, 42% para € 77 milhões.

Reformas - A divisão de inseticidas até conseguiu aumentar o faturamento em 6% para € 866 milhões, mas obteve um saldo negativo de € 144 milhões (-32%), em função dos custos de integração da Aventis CropScience e de créditos perdidos na América Latina.

Schneider não quis fazer uma previsão de resultado operacional para o ano de 2002. Em função da venda prevista de alguns setores da empresa e participações em outros grupos, a Bayer acredita, no entanto, num lucro bem superior ao de 2001.

A assembléia geral dos acionistas em Colônia marca o fim da era de Manfred Schneider no comando da multinacional. Ele será sucedido por Werner Wenning e passa a integrar o Conselho Fiscal da empresa. Ativistas ingleses invadiram a sessão de abertura da assembléia para protestar contra a introdução de sementes geneticamente manipuladas no Reino Unido.