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Lucros da Bayer caíram pela metade em 2001

(ns)13 de março de 2002

2001 foi um ano péssimo para a empresa alemã, que retirou do mercado seu remédio contra o colesterol Lipobay, e teve que amargar prejuízos. As perspectivas para este ano são avaliadas como melhores.

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Fabricação de aspirina em BitterfeldFoto: AP

O grupo Bayer teve seu lucro operacional reduzido à metade em 2001, mas a perspectiva é de um desempenho melhor este ano, expôs seu presidente, Manfred Schneider, ao apresentar pela última vez o balanço financeiro da empresa, nesta quarta-feira (13), em Leverkusen. Após dez anos no comando da Bayer, Schneider deixará o cargo para presidir o conselho administrativo.

"2001 trouxe problemas e desafios como a Bayer nunca teve em sua história", admitiu. O faturamento diminuiu 2% para 30,3 bilhões de euros e o lucro operacional caiu 51% para 1,6 bilhão de euros. O lucro foi de 965 milhões de euros, 47% a menos do que em 2000.

Lucro na agricultura contrasta com perdas em saúde e polímeros

Dos setores da empresa, somente o de agricultura, que inclui defensivos agrícolas e produtos para a pecuária, teve um bom desempenho, com aumento de 7% do faturamento e 12% do lucro operacional. O de saúde conseguiu fechar 2001 com uma queda de apenas 2% no faturamento, apesar de graves problemas.

Lipobay

- O principal foi a retirada do mercado do medicamento contra o colesterol Lipobay, também conhecido como Baycol, suspeito de estar relacionado à morte de várias pessoas. O fim da sua comercialização causou prejuízos de 700 milhões de euros. Também houve sérios problemas na produção do medicamento biológico Kogenate. Os dois casos levaram a uma queda de 48% do lucro operacional da divisão de saúde, que totalizou 771 milhões de euros.

Na de polímeros o faturamento permaneceu no mesmo nível do ano anterior (10,8 bilhões de euros), mas o lucro operacional diminuiu 60% para 434 milhões de euros. No setor químico o faturamento aumentou 10% - devido à aquisição de uma empresa – para 3,7 bilhões de euros, enquanto o lucro operacional caiu 27% para 271 milhões de euros.

Reestruturação da empresa e prognóstico para 2002

Para melhorar seu desempenho, a Bayer tem planos de redução de custos por setor e aposta também no amplo programa de reestruturação, o maior na história da empresa. A partir de 1º de julho ele aumentará a competitividade do gigante químico-farmacêutico de Leverkusen, abrindo novas possibilidades para parcerias estratégicas, principalmente nos setores químico e de saúde, frisou Schneider. O grupo Bayer se reagrupará em forma de uma holding, com quatro subsidiárias independentes juridicamente.

Dividendos

- Os acionistas receberão 0,90 euro de dividendos por ação, e não 1,40 euro como previsto, mas isso representará 68% do lucro da empresa. Porcentualmente é muito mais do que a Bayer pagou nos últimos anos, ressaltou seu presidente.

A previsão para 2002 é de um resultado positivo, para o que contribuirá a receita da venda de partes da empresa por mais de um bilhão de euros. Por outro lado, os problemas com o medicamento Kogenate estão praticamente solucionados e os setores ConsumerCare e Diagnósticos estão em plena expansão. Após um início do ano fraco, os negócios começaram a melhorar em março.