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Mísseis e bombardeiros protegem cúpula do G-8

(ef)25 de junho de 2002

Com as medidas para proteger os líderes dos sete países mais ricos e a Rússia (G-8), adversários da globalização não têm chance de chegar ao lugar da cúpula no Canadá, a partir desta quarta-feira.

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Lugar da conferência foi hermeticamente fechado para proteger líderes do G-8Foto: AP

Mísseis guiados a laser já estão posicionados nas montanhas de Kananaskis, no sul da província de Alberta. Aviões de combate F-18 vigiam o espaço aéreo interditado. Helicópteros, tanques e milhares de militares e policiais encontram-se de prontidão e cada carro que se dirige para o lugarejo é revistado minuciosamente e o motorista é interrogado.

Por causa dos atentados de 11 de setembro e das batalhas campais entre adversários da globalização e a polícia italiana na última cúpula do G-8 em Gênova, com saldo de um morto e centenas de feridos e presos, as medidas de segurança agora em Kananaskis são rigorosas como nunca. O lugar, que só tem uma estrada de acesso, foi hermeticamente fechado. Enquanto isso, são esperadas centenas de manifestantes pacíficos em Calgary, cidade situada a 70 quilômetros do lugar onde se reúnem os oito mandatários mais importantes do mundo.

Armas nucleares russas

Uma das questões mais importantes da cúpula dos Estados Unidos, Canadá, Alemanha, Grã-Bretanha, França, Itália, Japão e Rússia é uma iniciativa de 20 bilhões de dólares do G-7 para eliminação de armas nucleares e armazenamento seguro de armas e materiais atômicos na Rússia. Depois de conversar com o seu anfitrião, em Ottawa, na noite de segunda-feira, o chanceler federal alemão, Gerhard Schröder, disse que ele e o primeiro-ministro canadense, Jean Chrétien, estão de pleno acordo em apoiar a tentativa de ajudar a Rússia a eliminar armas nucleares ou restos de navios atômicos. "Nós apoiamos a iniciativa do presidente americano, porque achamos que será um sucesso", disse Schröder, em visita oficial ao Canadá, antes da conferência do G-8.

Durante sua visita à Alemanha em maio passado, o presidente George W. Bush esclareceu para a imprensa a sua iniciativa avaliada em 20 bilhões de dólares, dos quais os EUA arcariam com a metade e os outros seis parceiros no G-7 pagariam os outros 10 bilhões de dólares. O programa foi batizado de "10 mais 10 sobre 10", porque a sua duração prevista também é mais ou menos 10 anos. "Com isso a Rússia será ajudada a eliminar seus explosivos e ogivas atômicas", esclareceu Bush durante sua visita a Berlim.

Na cúpula em Kananaskis, serão feitas tentativas de aprovar o plano, segundo membros da delegação alemã. Alguns parceiros ainda estariam hesitando e persistiram algumas dúvidas. Além disso, a iniciativa não deve se referir só à questão russa, mas global, porque existem armas nucleares e materiais atômicos armazenados em condições inseguras também em outros países.

Além de questões relativas à globalização e ao comércio mundial, os líderes do G-8 querem fomentar os esforços de reformas na África com um pacto para um bem-estar social duradouro no continente miserável. Eles oferecem uma nova parceria na luta contra as guerras, doenças e a corrupção nos Estados africanos, que abra caminho para a democracia com a realização de eleições livres e limpas. A conferência de dois dias será aberta nesta quarta-feira (26) com um discurso de Bush, o presidente da única superpotência que restou após a implosão da União Soviética.