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Maioria foi às ruas de SP contra corrupção, diz Datafolha

17 de março de 2015

Pesquisa aponta que só 27% dos manifestantes que foram às ruas no domingo defendiam o impeachment da presidente. Mais de 80% votaram em Aécio Neves em 2014, e quase 70% têm curso superior.

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Brasilien Antiregierungsproteste
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Pesquisa divulgada nesta terça-feira (17/03) pelo Datafolha revela que 47% das 210 mil pessoas que, segundo o instituto, participaram da manifestação em São Paulo, no último domingo, foram às ruas para protestar contra a corrupção.

O segundo motivo mais mencionado (27%) foi a defesa do impeachment da presidente Dilma Rousseff. Outras razões mais citadas pelos manifestantes foram o posicionamento contra o PT (20%) e contra a classe política (14%).

Dos entrevistados, 82% afirmaram que votaram no candidato tucano à presidência em 2014, Aécio Neves, e 37% disseram ter simpatia pelo PSDB. A porcentagem de pessoas que participavam de uma manifestação pela primeira vez foi de 74%.

A grande maioria dos manifestantes (96%) qualificou o governo Dilma como ruim ou péssimo, e 90% afirmaram que a presidente sabia da corrupção na Petrobras, mas não tomou nenhuma atitude.

A Polícia Militar estimou em um milhão o número de manifestantes na Avenida Paulista. O Datafolha justificou a discrepância dos números alegando haver diferenças no método. A PM considerou que havia cinco pessoas por metro quadrado, medida tida como exagerada pelo instituto.

Na sexta, 71% pró-Dilma

Em pesquisa semelhante realizada pelo Datafolha na manifestação promovida pela CUT, UNE e MST, que reuniu 41 mil pessoas na última sexta-feira, o total de eleitores de Dilma era de 71%.

Do total dos entrevistados naquele dia, só 26% consideraram seu governo ruim ou péssimo. O Datafolha não constatou que houvesse manifestantes exigindo o impeachment da presidente.

Nas duas manifestações, os participantes tinham um perfil mais elitista do que a média da população. No ato da sexta-feira, 68% tinham educação de nível superior, enquanto no domingo, a parcela era de 76%.

Entre os manifestantes do último domingo, 41% afirmaram receber mais de dez salários mínimos por mês, contra 12% dos de sexta-feira.

RC/dw/ots