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Merkel é eleita personalidade do ano da "Time"

9 de dezembro de 2015

Revista exalta postura da chanceler alemã em relação aos refugiados e outras crises na Europa. É a primeira vez em quase três décadas que uma mulher é escolhida pela prestigiada publicação.

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Angela Merkel Person of the Year Time Magazine Ausschnitt
Foto: picture-alliance/AP Photo/Time Magazine

A revista Time anunciou nesta quarta-feira (09/12) a escolha da chanceler federal da Alemanha, Angela Merkel, como a personalidade do ano, em razão de sua de liderança frente à crise migratória e à instabilidade política na Europa em 2015.

A editora da revista, Nancy Gibbs, exaltou o papel de liderança da "chanceler do mundo livre" apesar das crises na região, que geraram "dúvidas se a Europa poderia continuar a existir".

A Time destacou as atitudes da chanceler ao reagir ao "roubo dissimulado da Ucrânia por Vladimir Putin" e por acolher os refugiados em seu país, apesar dos "impulsos de fechar as portas, erguer muros e não confiar em ninguém".

"Pode-se concordar ou não com ela, mas ela não toma o caminho mais fácil", escreveu Gibbs. "Por exigir mais de seu país do que muitos políticos teriam coragem, por se manter firme contra a tirania e a conveniência e fornecer liderança moral a um mundo onde isso é escasso, Angela Merkel é a Pessoa do Ano da Time."

Em Berlim, o porta-voz da chancelaria, Seffen Seibert, disse estar "certo que a chanceler vai apreciar isso como um incentivo a seu trabalho".

Merkel se elegeu ao cargo pela primeira vez em 2005, e é com frequência apontada como a personalidade política mais poderosa do mundo, além de ser a primeira mulher a exercer o cargo mais alto da Alemanha.

A chanceler é a primeira mulher a ser escolhida pela Time em 29 anos. Ela ficou à frente do líder da organização extremista "Estado Islâmico" (EI), Abu Bakr al-Baghdadi, e do milionário e pré-candidato republicano à presidência dos EUA Donald Trump, que rechaçou a escolha da revista afirmando que foi eleita "a pessoa que arruinou a Alemanha".

Outros concorrentes eram o movimento pelos direitos civis Black Lives Matter e o presidente da empresa responsável pelo aplicativo Uber, Travis Kalanick.

RC/rtr/ap/dpa