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Merkel não vai divulgar termos de busca da NSA

6 de maio de 2015

Chanceler federal afirma que, por ora, palavras-chave rastreadas pela agência de inteligência alemã para os EUA serão mantidas em segredo. Mas outros documentos serão fornecidos à comissão encarregada do caso BND-NSA.

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Foto: picture-alliance/dpa/B. Pedersen

O governo da Alemanha não vai divulgar, por enquanto, a lista dos seletores – termos de busca, nomes e endereços IP – que o Departamento Federal de Informações da Alemanha (BND) rastreou para a Agência de Segurança Nacional americana (NSA), disse a chanceler federal, Angela Merkel, nesta terça-feira (06/05).

Segundo a imprensa alemã, o BND teria ajudado a Agência de Segurança Nacional (NSA) a espionar autoridades e empresas na Europa. Entre os alvos estariam altos funcionários do governo francês e da Comissão Europeia, além de companhias como a Airbus.

A Alemanha está em "processo de consulta" com os EUA, e somente quando este for concluído decisões poderão ser tomadas, afirmou Merkel em entrevista à emissora Radio Bremen. Até a conclusão do processo, o governo vai colocar "outros e muitos documentos" à disposição da comissão parlamentar encarregada de analisar o caso BND-NSA.

A chanceler federal reconheceu que há "necessidade de esclarecimento" em relação à cooperação entre as agências de inteligência alemã e americana e, para tal, foi instituída a comissão parlamentar. Na entrevista, a líder alemã voltou a destacar a importância da cooperação internacional entre agências de inteligência.

Ao contrário de Merkel, o vice-chanceler Sigmar Gabriel sustenta que o Bundestag (câmara baixa do Parlamento) deve ter acesso à lista de termos de busca da NSA. "O Parlamento precisa saber se, na cooperação com a NSA, houve uma violação da lei por parte do BND. A opinião pública também precisa saber", afirmou.

A oposição acusa a agência de inteligência federal de ter agido de forma ilegal ao ajudar a NSA a espionar empresas e indivíduos na Europa. Merkel defendeu repetidamente o trabalho do BND e afirmou que, se necessário, responderá a perguntas diante da comissão parlamentar.

LPF/dpa/rtr/afp